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Cronicas-->O Capitão Mata-Gente -- 06/02/2004 - 16:17 (Aloysio Clemente M. I. de J. Breves Beiler) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Antonio Gonçalves de Moraes era o filho mais velho dos Barões de Piraí, José Gonçalves de Moraes e Cecília Pimenta de Almeida Frazão de Souza Breves. Comendador da Ordem de Cristo e Oficial da Rosa, nascido em 1803 em Piraí e falecido em Setembro de 1876. Casado com Dona Rosa Luiza Gomes (Luisinha), filha de José Luiz Gomes, Barão de Mambucaba, foi o fundador da cidade de Barra do Piraí.

A partir de um sítio seu na barra do rio Piraí começou a surgir o pequeno povoado de Sant Anna de Barra. O rio Paraíba cortava o povoado e num vislumbre visionário o Comendador resolve construir uma ponte para a passagem de carga, animais e gentes. Cobrava sete vinténs para a passagem e a ponte ganhou o apelido de Ponte dos Sete Vinténs.

Ficou conhecido por "Mata-gente" porque vinte escravos de sua fazenda "O Salto Pequeno", mataram um feitor malvado por simples vingança. Se os escravos fossem presos, iriam para a fórca, por assassinato.

Para não perdê-los o Comendador mandou que se atirasse o corpo do feitor num açude da fazenda, com uma pedra amarrada ao pescoço. Entretanto, a polícia foi avisada, e ao tomar ciência de tal acontecimento, dirigiu-se à fazenda do Salto Pequeno, no município de Passa Três.

O Comendador e seus homens trocaram o corpo de lugar, enterrando-o numa baía de cal virgem. Quando a polícia chegou, não encontraram o corpo do feitor, mas, o Comendador não escapou do processo judicial que lhe moveram.

Livrou-se da cadeia, dando sessenta conto de réis ao Juiz de Valença, mas ficou com o apelido de "Mata-gente", e com a fama de que pagava as suas contas aos caixeiros viajantes, mas depois agarrava-os na estrada para esvaziar-lhes os bolsos. Os que resistiam eram mortos e atirados ao fundo do açude".

Não há certeza nos fatos narrados, mas podem chegar bem próximo da realidade, se analisarmos os costumes vigentes da época, onde o fazendeiro e grande latifundiário, era a suprema autoridade perante os seus familiares e agregados à fazenda.

"A força opunha-se à força, demonstrando o pouco caso que estes senhores de terras e almas faziam da autoridade policial da época". (Taunay)

Em sua fazenda São João da Prosperidade no caminho de Ibiabas podemos encontrar um alçapão no piso de uma das salas. Dizem os antigos que em baixo passava um córrego e servia para desparecer com os fiscais do governo mais reticentes.

O capitão Mata-Gente foi um grande benfeitor das cidades de Ibiapas, Barra do Piraí e Doràndia (Dores do Piraí) com doação de terras e dinheiro para a construção da Santa Casa de Misericórdia, de embarcações, do hotel, de igrejas e outros melhoramentos.

(Aloysio Clemente M I de J Breves Beiler - Maio 1999)
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