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Cordel-->Neste País sem Cabral -- 23/01/2002 - 11:39 (•¸.♥♥ Céu Arder .•`♥♥¸.•¸.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ante a leitura jocosa,
Neste espaço do cordel,
Não tinha bem reparado
A jóia tão preciosa,
De Mestre tão arrojado,
Na pena sobre o papel ...
É de Egidio que vos falo,
Cantador de mal ou bem,
Seu verso muito afinado
Tem mel e espada também.

Na resposta imediata
Ao “da Guia”, na Usina,
Fez chover ouro de prata,
No seu verso de rapina...
Brasileiro tem riqueza,
Tem expressões corriqueiras,
Que põe prato em qualquer mesa,
Ou leva na malandragem,
A toque de sacanagem
“Nossa língua portuguesa”.

Tem samba, tem ladainha
Neste país “sem Cabral”,
O molejo da Estandarte,
No requebro de uma arte
Que se chama Carnaval...
Já nos dizia outro mestre,
Na saga do Modernismo
“Me dá um cigarro, ó meu!”
Que na língua mando eu
E canto sonho de Orfeu...

Temos Drummond e Vinícius
Andrades e Caetano;
E o Lima, que “Barreta”
Qualquer monstro lusitano!
Não lhes nego o tal engenho
Nem a arte alentejana...
Com Camões “bato no peito”
Em seu verso tão perfeito,
Que da musa antiga canta
Onde um poder se “alevanta”...

Em Pessoa, a língua ilustre,
Lustrosa como o punhal
Nos traz seu quinhão de glória
Nas “Lágrimas de Portugal”...
Em Florbela (ai! que emoção...)
Saboreio até o caroço
E nas ondas do mar luso
Venho dizer-te, ó seu moço,
Temos mais a galhardia
Do que “vã filosofia”...

Abenção, meu Mestre Egídio!
Na tua teia empaquei
Feito aranha perdigueira
A reler, lépida e faceira,
Teus desagravos que amei...
Porém não quero deixar
De cá registrar, ainda,
Tua peleja tão linda,
No brasileirês sem tino
De Cantador Nordestino!

*************************

Nota:

Este "pretenso" cordel nada tem de ofensivo a quem quer que seja... É, somente, mais uma tentativa nesta arte tão saborosa e simples de extravasar versos "pelo ladrão"...


Milene Arder
“aprendiz de cordel”
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