Quem conhece futebol sabe que um dos times de tradição da Paraíba é o Treze de Campina Grande. Disputou alguns campeonatos brasileiros, mas nunca conseguiu grandes feitos, mas em termos regionais tem importância.
Quem conhece os Estados Unidos e a grande carga supersticiosa dos ianques sabe que eles temem o número 13. Coisa antiga, muito anterior ao PT, partido que tem como sua marca o número 13. Um partido cheio de fibra, como o time de Campina Grande.
É certo que o Treze da Paraíba ainda tem muito que conquistar no cenário nacional, pois seus dirigentes amadores lutam apenas para manter o time na primeira divisão regional, e conseguem superar o tradicional Botafogo de João Pessoa, mas em termos nacionais tem carência.
Já o outro 13, o PT, surgiu de um movimento operário, foi conquistando seu lugar aos poucos, assustou segmentos tradicionalistas da sociedade, ganhou a confiança do povo, assumiu prefeituras, estados, e continua crescendo, deixando de lado velhos preconceitos da população politicamente esclarecida.
O que é que o 13 do PT tem em comum com o Treze da Paraíba? A determinação. Apesar de ter estrutura humilde, os que gostam do Treze de Campina Grande não ligam para o fato de amar uma pequena agremiação. São convictos. Como os que votam no PT. Votam porque votam.
É o que assusta os que fazem política com dinheiro. Dinheiro é para quem não tem convicção. Quem gosta do Treze de Campina Grande ou do 13 do PT gosta por gostar. Se identifica. Tem um ideal de mudança que não busca explicações maiores do que a velha parábola da luta do pequeno Davi contra Golias. E assim prosseguem sua luta.
Nas últimas semanas os norte-americanos e banqueiros da Europa manifestaram preocupação com a candidatura de Luís Inácio Lula da Silva. Passaram a temer o 13 e começaram a disseminar boatos que a economia brasileira estava na faixa de risco. As televisões demoraram para contar que a especulação era provocada e gerava grandes lucros aos especuladores virtuais.
O 13 assustou. Curioso. Os norte-americanos, tão poderosos, com medo de um operário , só pelo fato dele ser guerreiro, como os torcedores do pequeno Treze. Ah esses supersticiosos! Inventam cada uma para justificar suas manias! Deixem o Treze passar. Ele merece o nosso respeito.