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cronicas-->Divagando Floripa -- 13/02/2004 - 15:34 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A guria estava andando pelo calçadão de Florianópolis. Pedras brancas, uma pequena multidão de turistas olhando prédios, um torcedor do Avaí lamentando que o time precisava de reforços no ataque para melhorar sua performance no campeonato estadual. Outro, com a camiseta do Figueirense, fazia chacota.
Ente lojas localizadas no setor histórico percebeu uns índios vendendo brincos, colares, bichinhos e, para melhor comerciar, tinham um espelho instalado no passeio. Pensou com seus botões e um olhar distante que eles tinham os brincos e as terras, ganharam espelhos e agora dependem dos brincos vistos no espelho para conseguir a comida de quem se apossou das terras.
Imaginou que poderia enviar a sugestão de crónica para um jornalista que conhecia, rabiscador de papel virtual.
Sorriu. Lembrou que estudar era sua ocupação, sempre preocupada em alcançar bom índice nas matérias do curso de Direito. Curso, concurso para a vida. Vida, petição, desembargados e leis. Desenrolou uma bala de hortelã.
Um dos indígenas moveu algo parecido com um brinco. Bem diferente dos indígenas da Amazónia. Gente do grupo Guarani que ocupava terras próximo da Ilha de Santa Catarina. Florianópolis, Floripa para quem tinha intimidade.
O sol que banhava as ruas também provocava gotejos de suor, aconselhando a procurar uma sombra próximo das palmeiras imperiais do terminal rodoviário.
Para onde ia toda aquela gente, se Floripa tinha cara de paraíso? Paraíso restrito, já que apesar da ilha ser bastante agradável não comportava todos aqueles que a procuravam.
Pensou em consumir um sorvete no mercado municipal. Parou em frente ao comércio. Sabores tradicionais e exóticos. Açaí e graviola. Que sabor teria graviola?
Optou pela água mineral. Pensou que não interessavam calorias em dia quente. O cheiro do mar veio alcançar suas narinas, prometendo um final de tarde mais agradável.
Mar, cheiro de liberdade. A imensidão de água azul que permitiu a alguns felizardos conquistarem o mundo em pedaços maiores ou menores, continentes ou ilhas.
Um apito de orientador de trànsito fê-la lembrar que o compromisso no escritório de advocacia tinha prioridade.
Olhou para os indígenas espelhados novamente. índios colonizados. Seguiu em direção ao escritório. Colonizada também.
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