Que estranha tarde de dezembro!
O sol dourado se punha, envolto em negro céu
Era como carpideira, que se cobria em véu
E seu rosto escondia, chorando os mortos do dia...
E nós, os mortos, enterrados em nossos fisicos
Limites de espaço e tempo
Fechavamos as almas aos ventos,
Que inutilmente nos chamavam.
Antes, ouviamos nossos coraçòes que gritavam,
Vibrando desejos de esquecimento.
(O fim caminha lento para quem aguarda,
Como marcha funebre que nunca se acaba...) |