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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->FLORES PARA IEMANJÁ (PARTE 2) -- 10/05/2009 - 00:21 (Andra Valladares) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
FLORES PARA IEMANJÁ (PARTE 2)

Paulo sempre comprava as rosas brancas para Iemanjá no dia 30, para que no dia 31 elas pudessem estar desabrochando. Lembrava de sua avó dizendo: “- Botões de rosas fecham os caminhos... Iemanjá gosta de perfume, por isso gosta das rosas abertas.”

Mas o movimento em seu comércio estava muito grande naquele dia e Paulo não conseguiu fechar um pouco mais cedo para ir comprar as rosas, também não gostava de pedir que outras pessoas fizessem isso por ele, pois temia que isso pudesse ter alguma influência na validade de sua oferenda.

Assim, no dia 31 saiu mais cedo de casa para comprar as rosas e dirigiu-se à floricultura na qual sempre comprava as flores. Mas, para sua decepção, todas as rosas já haviam sido vendidas. Paulo ainda tentou argumentar:

- Puxa, Dona Maria, mas a senhora não guardou as rosas para mim?! A senhora sabe que eu sou cliente certo, sempre compro aqui...

E ela disse:

- Ah...Paulo, você sempre compra no dia 30, guardei suas rosas até o final do expediente, mas quando já estava fechando as portas apareceu uma moça implorando pelas rosas, ela disse que já havia rodado por todas as floriculturas não estava encontrando em lugar nenhum, disse até que pagaria mais pelas rosas... Coitadinha, ela estava desesperada, fiquei com pena e acabei vendendo para ela. Mas não fique triste, pode ser que hoje à tarde cheguem novos botões de rosas brancas e eu vou guardá-los para você...

Paulo, pensou: - Pode ser que cheguem?...Botões?! Nem pensar! Pode ficar com eles para você.

E disse secamente: - Obrigado, vou tentar encontrar as rosas em outro lugar...

Mas para seu desespero, entrou em outras cinco floriculturas e a resposta era sempre a mesma, as rosas brancas haviam acabado...

Paulo já estava entrando em desespero quando lembrou que Dona Carlota, vizinha de sua mãe, tinha um grande jardim com belas roseiras... Quem sabe ele não poderia pedir a ela algumas rosas?!
Paulo foi trabalhar e pensando: “- Vou fechar na hora do almoço e depois cuido disso. Vai dar tudo certo.”

Contudo, o movimento de seu estabelecimento estava ainda maior que no dia anterior e Paulo quase teve de expulsar os fregueses para conseguir fechar às 16h.

Entrou apressado no carro e como o trânsito estava bom, esperava chegar na casa de sua mãe em quarenta minutos.

Enquanto dirigia, ia rezando... “– Ah! Meu Deus, me ajude encontrar as rosas...”

Assim que abriu a porta do carro, em frente à casa de sua mãe, já sentiu o perfume das rosas na casa de Dona Carlota, que morava em frente, do outro lado da rua... Sentiu-se confiante, e antes de entrar na casa de sua mãe, deu uma espiadela entre as grades do portão da casa da vizinha, e abriu um grande sorriso quando viu que havia no jardim sete roseiras com belas rosas brancas...

Por um momento, ficou ali, com os olhos cerrados, sentindo o perfume das rosas e sonhando com sua morena Rosalina, sempre perfumada...

Então, lembrou-se que tinha uma missão importantíssima, e foi para a casa de sua mãe para saber se ele poderia lhe ajudar a conseguir as rosas.

Entrou na casa com o sorriso aberto, dizendo: - Mãe, seu filho preferido chegou...

Mas sua mãe lhe acenou impacientemente enquanto falava ao telefone: - Não me diga, Carlota, que coisa mais triste... Então ele vai passar a virada de ano no hospital, coitado... Ah! Pode deixar que vou aí para dar um abraço nele... Por sorte o Paulo chegou aqui agora, vou aproveitar e pedir para ele me levar...

Paulo, engoliu em seco, e pensou: - Que azar! Hoje não é meu dia...

Quando desligou o telefone, a mãe de Paulo lhe deu um abraço e falou:

- Que cara é essa, meu filho? Parece que viu um fantasma...

E ele perguntou: - Não é nada não, mãe... O que aconteceu com Dona Carlota?

A mãe respondeu: - O filho dela sofreu um acidente de moto, quebrou a perna e se ralou todo, está sendo atendido no hospital... Ela está lá, coitada, sentindo as dores do filho, e provavelmente irá dormir no hospital pois o médico pediu que o filho dela ficasse internado, em observação, até amanhã... Quero ir lá para dar um apoio a ela, coitada, sabe como é, ela é viúva e só tem aquele filho, deve estar desesperada... Você me leva ao hospital, meu filho?

A contragosto, disse Paulo: “- Levo sim, mãe. Pode ir se arrumar...”

Enquanto sua mãe foi para o quarto se arrumar, Paulo pensava: - Putz... que azar... não tinha outro dia para esse moleque se machucar?! E agora, onde vou conseguir as rosas?


... CONTINUA ...

(Andra Valladares)
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