Todos os dias viam sombras nuas
Sem descrições
E eram almas cruas
Sem sentimentos
Apenas vultos nas ruas
Davam receio
Desse podre instante
De quem seria
Tais corpos inertes
Sem segurança
Apenas julgamento
Não tem olhares e palavras
Apenas tormento
Escondem dentro de si um cidadão
Que sofrem diariamente
Da triste solidão.