Usina de Letras
Usina de Letras
16 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62297 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22541)

Discursos (3239)

Ensaios - (10393)

Erótico (13574)

Frases (50688)

Humor (20041)

Infantil (5462)

Infanto Juvenil (4785)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140826)

Redação (3311)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6214)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->BARBOZA LEITE NO RASTRO DE GUTEMBERG -- 17/05/2013 - 06:57 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

          BARBOZA LEITE

NO RASTRO DE GUTEMBERG


Na Uruóca do século passado
o menino se achava pronto
para o começo do esperado.
Antes dos artigos, dos contos;
tipos de impressão inventados
por Gutemberg, tão aguardado.

Depois de algumas orientações
dadas por seu pai, telegrafista,
artesão ou artífice nas estações
de trilhas e trilhos por sua vida;
que por mestre Alda, as lições
se completaram nessa partida.

Ela, a sua professora primeira
e o pai, os maiores impulsores,
seguidos de jornais verdadeiros
vindo da capital como invasores
daquele momento já derradeiro
da mente de tentar novos sabores.


Levava em sua bagagem da mente
a “Razão” e a “Ordem em Sobral”
como outros que foram sementes
tais como de Granja “O Municipal”,
e “O Democrata“, elos da corrente
que forjariam jornalista como tal.

Em Fortaleza, chega aos dezesseis,
com os sonhos e muita disposição.
Com mil novecentos e trinta e seis
na folhinha e também na intenção
pois queria abraçar o mundo de vez.
Queria mais, queria a multiplicação.

Começou como auxiliar de pedreiro,
que era trabalho duro e dava cansaço
a um corpo não talhado e hospedeiro
de uma mente já carente do abraço
que auxiliar de tipografia por inteiro
o abraçou antes e o tirou do bagaço.


Com o tempo, do prelo as emanações
o levaram a outros afazeres de ofício,
sem tirá-lo dos rastros e das emoções
que a palavra impressa ou o seu vicio
passa a colaborar com as publicações
que até lhe fortaleceram o princípio:

A renomada Revista Clã de Fortaleza,
Contemporânea e Águia que é de lá
como O Povo e Unitário tem mesma
pertinência de um Correio do Ceará,
Jornal do Comércio, com uma resma
do Diário de Pernambuco a publicar.

De Fortaleza veio ao Rio de Janeiro
passando pelo Recife de passagem
e lá deixando os rastros perdigueiro
que caça novidade em cada viagem,
para deixar sempre um sementeiro
tirado de um canto de sua bagagem

Até a chegada à cidade maravilhosa
onde morou no Largo do Machado
com uma turma de cearenses prosa
pois morar no Rio era o bom achado
para o artista da cor, letra e da trova
pois que aqui, tudo era encontrado.

E o menino ia somando os rastros
das diversas caminhadas distintas:
as que só resultaram em percalços,
as que muito se utilizou das tintas
como nas que não usou de calços,
para os desenhos: união de linhas.

Em no “Tipos e Aspectos do Brasil”
ele demonstra em sua brasilidade
nas mais variadas matizes do anil
pincelando letras com sensibilidade
nunca esquecendo o tom varonil
de seu comentários e sua verdade.

Como ave de arribação competente
logo alça voo para um outro abrigo
que era mais próximo de sua gente
e por Solano Trindade, seu amigo,
levado com missão de fazer frente
e tanto fez que separou joio do trigo.

Em Duque de Caxias estava em casa
como se nunca tivesse um dia saído.
Naquele céu de passarada bateria asa
e faria como pediu o Trindade amigo
e, até comeria um abacaxi com casca
mas das muitas artes faria um abrigo.

Tornou-se o coordenador de jornais
como O Grupo e o Tópico; pioneiro
tabloide a cores em terras municipais
e do antigo Estado do Rio de Janeiro.
Das letras impressas não parou mais
escrevendo sempre do ser brasileiro


Uma Coluna em Marcha, na verdade,
junto com uma coluna Arte e Cultura
que, colaborando na Folha da Cidade
lhe fornecia uma base, uma estrutura
como lhe dava a maior complexidade
escrever em A Tribuna, a esta altura.

Colaborando em outras publicações
como a Revista Caxias Magazine
de importância, inclusive nos salões,
onde uma sociedade bem se exprime
e na Aurora que como as emoções,
as coisas do espírito se comprimem.

Nas peregrinações por essa trilha
era ser correto e seguir em frente
o propósito real por todas milhas
que houvera de serem percorridas
pois, seguindo a direção da quilha
os propósitos nortearam sua vida

Até tendo participado desde então
em algumas iniciativas, heróicas,
de grupo de jornalistas cuja ação
é a unidade quase sempre estoicas
de compor atividades da profissão
até com urgências urbana góticas.

Aí é como o gótico vem se insurgir
no esforço ora sutil de dobraduras
ora rascante, de um ato de frigir
o afloramento de nova literatura
que é a que logo começou a surgir
com a Revista Recado de Cultura.

Vieram então novas indagações:
o novo pensar por si só pensar,
a cidade e as suas organizações;
as artes em geral para alimentar
das necessidades, suas provisões
e no seu jeito de ouvir e de falar.

Com o parceiro das caminhadas
de tanto outros rastros seguidos,
Rogério Torres, o bom camarada
mais que companheiro, o amigo
presente também nessa jornada
com quem dividiu tarefa e abrigo.

Era das artes a Recado de culturas,
das raízes com sua nordestinidade
somadas com as variadas texturas
de raças, crenças e a modernidade
de suas mais complexas estruturas
urbanas na formação das cidades.

Aquele menino da Uruóca antiga
que achava na rua papel impresso
e logo tentava decifrar sua escrita
teve nas letras um grande sucesso
por ter sido um escritor jornalista
de jornais, revistas, livros e versos

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 5Exibido 430 vezesFale com o autor