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Textos_Religiosos-->Prossegue Conferência de Aparecida -- 23/05/2007 - 09:09 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
--- Conferência de Aparecida ---

www.zenit.org

Bispos aprovam esquema do documento final da Quinta Conferência
Sete temas gravitarão em torno aos eixos «discípulo», «missionário» e «vida»

APARECIDA, segunda-feira, 21 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Os cerca de 160 bispos delegados da Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe aprovaram no início de noite desta segunda-feira o esquema de trabalho que culminará no documento final da assembléia eclesial.

Segundo explicou Dom José Luis Lacunza Maestrojuán, OAR, bispo de David (Panamá), sete temas principais gravitarão em torno aos eixos «discípulo», «missionário» e «vida», seguindo a temática da Conferência apontada por Bento XVI. O método utilizado é o Ver, Julgar e Agir.

O documento iniciará com um olhar sobre a realidade latino-americana desde o âmbito social, político, econômico e cultural. Em seguida se observará a realidade da Igreja no continente.

Frente a essa realidade secular e eclesial, se discutirá a identidade do discípulo e missionário e suas implicações práticas.

Sem especificar quais serão os sete temas do documento final da Quinta Conferência, Dom Maestrojuán explicou que, em conseqüência desses tópicos, haverá também sete comissões principais de trabalho, amparadas por outras 17 subcomissões que estudarão temas específicos.

Com a aprovação desse esquema de trabalho, a partir desta terça-feira os bispos já se dividem nas comissões e subcomissões para redação dos textos que serão levados ao plenário para votação.


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Igreja Católica foi propulsora da libertação dos indígenas
Resposta do presidente da Conferência Episcopal do Equador

APARECIDA, segunda-feira, 21 de maio de 2007 (ZENIT.org).- A Igreja Católica foi a protagonista da libertação dos indígenas na América Latina, explicou o presidente da Conferência Episcopal Equatoriana, em resposta às críticas contra Bento XVI.

Dom Nestor Herrera, bispo de Machala, trouxe a verdade histórica à tona para responder às acusações vertidas contra Bento XVI em sua viagem ao Brasil por Humberto Cholango, presidente da Confederação de Povos da Nacionalidade Kichwa, do Equador.

«Rejeitamos energicamente as declarações emitidas pelo Sumo Pontífice no que se refere à nossa espiritualidade ancestral», afirmou Cholango, em resposta às palavras do Papa em terras brasileiras.

Em seu discurso de inauguração da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, Bento XVI afirmou: «a utopia de voltar a dar vida às religiões pré-colombinas, separando-as de Cristo e da Igreja universal, não seria um progresso, mas um retrocesso. Na realidade, seria uma involução para um momento histórico ancorado no passado».

«A sabedoria dos povos originários os levou felizmente a formar uma síntese entre suas culturas e a fé cristã que os missionários lhes ofereciam. Daí nasceu a rica e profunda religiosidade popular, na qual aparece a alma dos povos latino-americanos», acrescentou o bispo de Roma.

Cholango aproveitou também seu pronunciamento para manifestar sua solidariedade aos presidentes Evo Morales, da Bolívia, Fidel Castro, de Cuba e Hugo Chávez, da Venezuela.

Em uma nota, difundida desde o santuário de Aparecida, no Brasil, o presidente da Conferência Episcopal do Equador reconhece que esta declaração «não me chama a atenção, dada a alienação política desses líderes indígenas».

«Dá a impressão de que se quer esquecer que a Igreja Católica foi a propulsora de sua libertação», indica Dom Herrera.

«Isso é bem claro no Equador -- sublinha. Não só porque muitos membros da Igreja defendem, com Dom Leônidas Proaño (1910-1988), o direito dos povos indígenas a ser donos de seu destino.»

«Também porque os atuais dirigentes sociais e políticos dos indígenas foram formados pela Igreja -- prossegue dizendo. E foram lealmente apoiados por ocasião dos quinhentos anos de sua resistência.»

O presidente da Conferência Episcopal declara que «o Santo Padre falava para bispos, em uma perspectiva profunda da história, em um plano teológico, que não deixa de ponderar a importância das ‘ricas tradições religiosas’ dos antepassados indígenas».

«O Papa assinala que não se tratou da ‘imposição de uma cultura estranha’, porque ninguém pode chegar à fé por via de imposição, e o Evangelho está acima das culturas», continua declarando Dom Herrera.

No plano concreto da história, explica, «o próprio Santo Padre deplorou muitas vezes as sombras e as injustiças que o passado registra».

«Não podemos ver somente as sombras -- conclui. Há muitas mais luzes que sombras, desde o começo da evangelização na América, onde o autêntico sentido cristão de muitos foi o primeiro e constante defensor dos indígenas.»


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Tema dos indígenas constará no documento final da Quinta Conferência, diz bispo
Segundo vigário apostólico de Zamora (Equador), texto conclusivo será curto e acessível

APARECIDA, segunda-feira, 21 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Segundo o vigário apostólico de Zamora (Equador), Dom Fausto Gabriel Trávez Trávez, OFM, no documento final da Conferência de Aparecida constará o tema dos indígenas na América Latina.

O bispo destacou, em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira no Santuário de Aparecida, que, pelo que se discutiu em plenário até o momento na reunião eclesial, o documento final da Quinta Conferência deve ser um texto «ágil», «curto», «ao alcance de todos».

Segundo Dom Fausto Trávez, o tema dos indígenas na América Latina foi discutido entre os 266 participantes da Quinta Conferência e «vai ser tocado» no documento final da reunião.

«Valoriza-se o assunto da cultura indígena, seus próprios idiomas e costumes. O valor ancestral, por exemplo, que para eles têm a família», disse.

«Eles têm uma capacidade tão grande de família que, quando um jovem se casa, não precisa se preocupar em buscar onde viver, pois sabe que todo o povo vai se reunir e construir sua casa», comentou o prelado.

Já a Irmã María de los Dolores Palencia, HSJL, mexicana, primeira vice-presidente da Conferência Latino-Americana de Religiosos, destacou que nos grupos de trabalho da Quinta Conferência «apareceu a importância dos povos indígenas como sujeitos de sua própria promoção, desenvolvimento e humanização».

«E a responsabilidade de todos os cristãos de dar subsídios os indígenas, de respeitar seu próprio caminho e de escutar e caminhar junto com eles de uma maneira decidida», disse a religiosa.


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Mulher é chamada à missão no campo da vida, destaca religiosa na Quinta Conferência


APARECIDA, segunda-feira, 21 de maio de 2007 (ZENIT.org).- De acordo com uma religiosa que participa da Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, a mulher dentro da Igreja tem uma missão especial no campo da vida.

Irmã María de los Dolores Palencia, HSJL, mexicana, primeira vice-presidente da Conferência Latino-Americana de Religiosos, em conferência de imprensa na tarde desta segunda-feira, no Santuário de Aparecida, afirmou que a Igreja na América Latina «é majoritariamente feminina», «tanto por seus agentes quanto pela participação dos fiéis».

«Temos algo específico a contribuir», destacou a religiosa. E, dentro dessa contribuição, afirmou que as mulheres têm de ser respeitadas em sua especificidade «e trabalhar em complementaridade e em reciprocidade».

«Por isso, nossa missão se define um pouco ao redor da vida», afirmou Irmã Palencia. «Estamos chamadas a acolher a vida e a recebê-la de Deus por nossa experiência pessoal e comunitária de contemplação».

«Estamos convidadas a co-gerar a vida, a nascer a vida e a receber os germens de vida que já estão presentes em nossas culturas», disse.

Segundo a religiosa, as mulheres latino-americanas estão chamadas também a defender a vida. «A vida ameaçada de humanidade, a vida ameaçada de criação», afirmou.

De acordo com Irmã Palencia, as mulheres são convidadas a mostrar o «rosto materno» de Deus, a «mostrar a compaixão, a ternura, a misericórdia».

«Temos de estar próximas de nossos povos que sofrem e recordar que a primeira tarefa é a humanização da humanidade».

Segundo a religiosa, o tema da presença da mulher na Igreja e no apostolado foi destacado nos diversos grupos de trabalho que, na semana passada, fizeram uma análise da realidade latino-americana na Quinta Conferência e a confrontaram com o ser discípulos e missionários de Jesus Cristo no continente da esperança.


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--- Conferência de Aparecida ---

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Cardeal venezuelano: Injustos ataques ao Papa sobre evangelização dos indígenas
Ele não tem por que pedir desculpas, responde

APARECIDA, terça-feira, 22 de maio de 2007 (ZENIT.org).- O cardeal Jorge Urosa Savino, arcebispo de Caracas, considera que aqueles que atacam Bento XVI por suas declarações sobre a evangelização dos indígenas não levaram em consideração o contexto em que ele as pronunciou.

Na sexta-feira, o presidente venezuelano Hugo Chávez pediu ao Papa que se desculpasse diante dos povos da América Latina por haver afirmado que a evangelização católica se realizou sem imposições.

Em um informe enviado a seus fiéis desde Aparecida, onde participa da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, o arcebispo da capital venezuelana esclarece que no discurso de inauguração dessa reunião eclesial, no dia 13 de maio, o Papa «não se referiu à controvérsia sobre a conquista e a colonização espanhola».

«Nem tampouco destacou, porque não era seu objetivo, a tarefa de defesa dos indígenas e dos africanos que a Igreja levou denodadamente a cabo, contra a ambição e a crueldade de muitos conquistadores», acrescenta o purpurado.

«Ele falou sobre a evangelização e aceitação da fé pelos povos originários, e o que disse textualmente foi: ‘O anúncio de Jesus e do seu Evangelho não supôs, em nenhum momento, uma alienação das culturas pré-colombianas, nem foi uma imposição de uma cultura estranha’», recorda o cardeal.

Segundo o arcebispo, «o drama histórico da conquista e da colonização da América, com suas luzes e sombras, não entrava no objeto do discurso papal, nem é responsabilidade da Igreja então ou agora, como tampouco o é a atuação dos governos em nossos dias».

«É preciso dizer, isso sim, que a Igreja foi defensora incansável dos indígenas, e isso explica por que, ao contrário da América do Norte, onde os indígenas quase desapareceram, nossos povos são mestiços, e por que, em países como o México, Guatemala, Equador, Peru e Bolívia se conserva uma imensa população indígena.»

«Isso explica por que, aqui em Aparecida, vêm anualmente mais de oito milhões de brasileiros humildes, descendentes de indígenas e afro-americanos, manifestar sua fé católica», diz o purpurado.

«A responsabilidade do drama da conquista e da colônia não recai sobre a igreja, mas sobre outros atores», sublinha.

«O Papa não tem, então, que pedir desculpas por um pretendido genocídio ou holocausto, que a Igreja não propiciou, mas combateu», afirma.

«A polêmica desatada e os ataques lançados são injustos, sem base histórica, e sem uma leitura atenta do discurso de bento XVI», destaca.

«Como venezuelano e como cardeal arcebispo de Caracas», conclui fazendo-se «totalmente solidário do Santo Padre nesse momento difícil, inscrito no meio de um processo de transformação política e cultural que está acontecendo na Venezuela».

E convida «todos os sacerdotes, consagrados e consagradas, leigos comprometidos e fiéis em geral, como bons filhos da Igreja nesta arquidiocese de Caracas, a sentir essa mesma solidariedade».


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Reações ao que o Papa disse no Brasil sobre mundo indígena estão descontextualizadas
Afirma o cardeal Júlio Terrazas Sandoval, arcebispo de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia)

APARECIDA, terça-feira, 22 de maio de 2007 (ZENIT.org).- O cardeal Júlio Terrazas Sandoval, CSSR, arcebispo de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), explicou esta terça-feira que as reações às palavras do Papa sobre o mundo indígena em sua recente viagem ao Brasil nascem da falta de conhecimento do próprio discurso do pontífice e do seu contexto.

«O que o Santo Padre disse sobre o mundo indígena suscitou muitas reações. Isso é normal sobretudo quando não se lê todo o documento», disse o cardeal em coletiva de imprensa no Santuário de Aparecida.

Autoridades latino-americanas e lideranças sociais e indígenas criticaram nos últimos dias a frase tirada do discurso do Papa de abertura da Quinta Conferência que diz que «o anúncio de Jesus e de seu Evangelho não supôs, em nenhum momento, uma alienação das culturas pré-colombianas, nem foi uma imposição de uma cultura estranha».

Segundo o cardeal, a instrumentalização desse trecho do discurso do Papa «se converte em matéria para confundir e para desqualificar qual foi a mensagem, e também, lamentamos, para insultar a pessoa».

O cardeal afirmou que as críticas desconsideram o fato de que o Santo Padre pedia «que todas as culturas, não só as indígenas, se abram a valores de outras culturas, que entrem em diálogo, porque essa é a maneira de enriquecer-se plenamente».

«Esta é a maneira de conhecer-se melhor e é a maneira de projetar identidades que não são objetos de ideologias passageiras mas identidades que partem da própria vida», disse Dom Terrazas Sandoval.

De fato, o Papa afirmava em seu discurso que «as autênticas culturas não estão fechadas em si mesmas nem petrificadas num determinado ponto da história, mas estão abertas; ainda mais: buscam o encontro com outras culturas, esperam alcançar a universalidade no encontro e no diálogo com outras formas de vida e com os elementos que possam levar a uma nova síntese, na qual se repete sempre a diversidade das expressões e de sua realização cultural concreta».

«Em última instância --prossegue o pontífice--, só a verdade unifica e sua prova é o amor. Por isso Cristo, sendo realmente o Logos encarnado, “o amor até o extremo”, não é alheio a cultura alguma nem a nenhuma pessoa, pelo contrário, a resposta desejada no coração das culturas é o que lhes dá sua identidade última, unindo a humanidade e respeitando, ao mesmo tempo, a riqueza das diversidades, abrindo todos ao crescimento na verdadeira humanização, no autêntico progresso. O Verbo de Deus, fazendo-se carne em Jesus Cristo, se fez também história e cultura».


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Ponto fundamental do documento de Aparecida: significado do encontro com Cristo
Delegados da reunião eclesial apresentam os conteúdos do texto conclusivo do evento

APARECIDA, terça-feira, 22 de maio de 2007 (ZENIT.org).- A estruturação do documento final da Conferência de Aparecida, seguindo o horizonte apontado por Bento XVI no tema «Discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que n’Ele nossos povos tenham vida», apresenta como ponto fundamental o significado do encontro com Cristo.

É o que afirmou esta terça-feira em coletiva de imprensa na Basílica de Aparecida Dom Júlio Edgar Cabrera Ovalle, bispo de Jalapa (Guatemala) e integrante da Comissão de Redação da Quinta Conferência.

O bispo explicou que os capítulos centrais do documento de Aparecida se dedicam a discutir propriamente o que é ser discípulo e missionário de Jesus Cristo.

O texto conclusivo do evento eclesial que reúne 266 participantes até o dia 31 de maio no Santuário de Aparecida (Brasil) constará de sete capítulos. Desde a manhã desta terça-feira, sete Comissões trabalham os respectivos temas, auxiliadas por 16 subcomissões que refletem sobre tópicos específicos.

Os redatores de cada comissão entregarão no fim de tarde desta quarta-feira as primeiras impressões do trabalho, já esquematizadas em texto, para aprovação e seguimento da confecção do documento final.

O documento de Aparecida abrirá com uma análise da realidade partindo do contexto latino-americano. «Queremos falar da realidade social, política, dos dados ecológicos, da situação demográfica, da missão antropológica, da situação econômica de um mundo globalizado, com maiores detalhes», explicou o cardeal Júlio Terrazas Sandoval, arcebispo de Santa Cruz de la Sierra.

O cardeal explicou que estes temas vão ser objetos de análises e estudos já a partir desta terça-feira, nas comissões de trabalho. Segundo Dom Terrazas, no capítulo 1 do texto conclusivo da Quinta Conferência constará ainda o tema da realidade da Igreja.

«A Igreja que é hoje convocada a novos desafios e quer responder adequadamente a esses desafios, sobretudo comprometendo todos os batizados para que de verdade sejamos discípulos e missionários desde Cristo, que não deseja senão vida abundante para todos os nossos povos», disse.

Ao explicar os capítulos centrais do documento de Aparecida, Dom Júlio Edgar Cabrera Ovalle destacou que ali se trata primeiramente de «manifestar nossa alegria em ser discípulos e missionários de Jesus Cristo».

«E essa alegria tem de brotar como conseqüência do que significa para nós ter um encontro com Jesus Cristo. É esse o ponto de partida para todo o itinerário de um discípulo missionário», disse.

«Porque, ao final, um discípulo, quando está realmente convencido e entusiasmado com a pessoa de Jesus, pode ser necessariamente missionário. Ele não pode deixar de falar daquilo que ele mesmo vivenciou.»

Diante disso, afirmou o bispo da Guatemala, «nós vemos esse encontro com Jesus Cristo como uma iniciativa do Pai, encontro esse que é um dom que temos, ao nos encontrarmos com Aquele que é o caminho, a verdade e a vida».

Dom Júlio Ovalle disse que o encontro com Cristo faz com que os fiéis participem daquilo que foi uma prioridade na vida de Jesus: o amor ao Pai. «Seu amor ao Pai é o que O leva a pregar o Reino e a fazer sempre a vontade do Pai».

«Se nós chegamos em Jesus Cristo a descobrir que Deus para nós é verdadeiramente um Pai, isso implica uma conseqüência muito séria. É que, no Pai, nós nos encontramos como irmãos», afirmou. Desse ponto nasce a responsabilidade dos cristãos com o próximo e com toda a criação, disse.

Os capítulos centrais do documento de Aparecida, do 2 ao 5, trarão ainda «pontos essenciais para o mundo de hoje», afirmou Dom Ovalle. «O Evangelho da dignidade humana, o Evangelho do amor, da família, da vida».

Todo o terceiro capítulo do documento trata do sujeito da evangelização. «Ser discípulo é antes de tudo estar com Cristo. Ele nos chama a fundir-nos n’Ele», disse o bispo.

Em seguida, no capítulo 4, se aborda a questão da comunidade cristã. «Os discípulos e missionários não são pessoas isoladas», destacou. «Neste ponto podemos ver a Igreja como casa e escola, onde se vive e onde se ensina a viver a comunhão».

Dom Orani João Tempesta, arcebispo de Belém (Brasil), explicou que o capítulo 5 do documento se liga a 2, 3 e 4, discutindo o discipulado e a formação dos discípulos. Aqui se fala especificamente do itinerário do discípulo, desde o tema da docilidade ao Espírito Santo à formação propriamente dita nos seminários e também no contexto dos novos movimentos eclesiais.

Os capítulos 6 e 7 são dedicados à missão. No penúltimo tópico se especificará como deve ser a grande missão continental com a qual se quer concluir a Quinta Conferência.

Já o último capítulo fala das estruturas eclesiais, explica Dom Orani. «O grupo 6 fala do trabalho ao externo; já o 7 fala mais do trabalho interno da conversão pastoral, planos pastorais, missão ad gentes, entre outros tópicos».


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Estrutura do documento final da Quinta Conferência


APARECIDA, terça-feira, 22 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Na noite dessa segunda-feira, os bispos delegados da Conferência de Aparecida aprovaram a estrutura do documento final da reunião eclesial.

O texto trará sete temas principais, articulados em torno aos eixos apontados pelo Papa na temática da Conferência, ou seja, «discipulado», «missionaridade» e «vida».

A partir desta terça-feira, inicia o trabalho nas comissões e subcomissões que redigirão os textos de cada tópico, para serem em seguida aprovados em plenário.

O primeiro capítulo do documento final da Conferência de Aparecida será intitulado «O hoje da América Latina e do Caribe». Tratará a questão da mudança de época que se vive atualmente; a situação sociocultural; o dano ecológico; economia e globalização; situação política; culturas indígenas e afro-descendentes; a Igreja neste tempo.

O segundo capítulo se dedicará à «Alegria de ser discípulos e missionários de Jesus Cristo». Abordará a iniciativa de Deus Pai; o dom de Jesus Cristo; fraternidade humana; destino universal dos bens; criação e responsabilidade ecológica; o dom da Palavra; dignidade humana; família; vida e esperança.

Já o terceiro capítulo apresenta «Nossa vocação de discípulos e missionários». Discute os temas da vocação à santidade; Cristo que vem ao nosso encontro; configuração com Cristo; assumir a cruz e o seguimento; anúncio do Reino; espiritualidade; e as diversas vocações.

O quarto capítulo do texto conclusivo se dedicará à «Comunidade dos discípulos missionários de Jesus Cristo». Nesta seção se tratará do chamado à comunhão; a comunhão Trinitária; Igreja escola e casa de comunhão; dons, ministérios e carismas; lugares e estruturas de comunhão; religiosidade popular; diálogo ecumênico e inter-religioso; comunhão dos santos.

O capítulo seguinte do documento de Aparecida, o quinto, leva por título «O itinerário dos discípulos missionários». Aqui se abordarão as questões da espiritualidade trinitária; Cristo caminho, verdade e vida; docilidade ao Espírito Santo; lugares e momentos de encontro com Jesus Cristo; espiritualidade e vivência da justiça; a Virgem Maria e os Santos; formação dos discípulos catequese; acompanhamento espiritual; educação católica; seminários; formação permanente; movimentos eclesiais.

Já o sexto capítulo se dedicará à «Missão dos discípulos missionários». Abordará a vida nova em Cristo; missão continental; família; a vida desvalida e ameaçada; jovens; justiça; cuidado com a criação; meios de comunicação social; os pobres e excluídos.

O último capítulo do documento final da Conferência de Aparecida terá por tema «Conversão pastoral e diversas áreas de tarefa pastoral». Tratará as questões das estruturas eclesiais, planos pastorais; missão ad gentes; pastoral da cultura; pastoral urbana; e universidades católicas.





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