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Poesias-->Virada do Milênio -- 22/10/2006 - 21:06 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:130952247865423000
VIRADA DO MILÊNIO

"Monkey is monkey"

Judeu, batavo, corifeu

Muçulmano ou

Católico apostólico romano

Todos netos da Lucy

Vovó, ó, ancestral de fé

Seu cérebro de tangerina

Criou o forró, o narcopagode

O analfabetismo acadêmico

O futebol rococó e o sanatório da Sé

Sua maior aspiração

A epidemia neural

A farinha de colher

Vovó, ó, não livrou a cara de ninguém

As netinhas estão soltando a franga

Os netinhos estão nessa também

Mandarina fóssil, criou todas as coisas

Deus do matriarcado global cromagnon

Pastavam os lobos em sua volta

Tinham medo de chegar mais

Em sua proximidade letal, apenas

As almas ajoelhadas da intriga, do roubo

E do tráfico de demências afins

A infâmia faz parte de sua reza

E os que uivam ávidos de plasma

Antes de saírem para outra noite de crimes

Fazem suas orações à madre mãe do tititi. Abim

Vovózinha, ó, habilis dos quartos de motel

Quantas vezes você ganhou das ciências o dossel ?

Descobriu o cachorro quente sapiens/demens

A bomba de nêutrons explodiu

Nas conversas de coquetel

Criou com louvor

A praça da alimentação dos shoppings

Você merece todos os prêmios Nobel

Seu fanatismo pelo consumo de bugigangas

Seus anéis de formatura, sua sabedoria PhD

As netinhas só querem saber de cabeleireiro

Mostrar bumbuns nas passarelas da música caipira

Malhar os “trens” nos fins de semana

E cadê você ?

Nas praias, nos bailes, nas escolas motéis ?

Quantos Oscar você já ganhou

Fazendo-se personagens de Hollywood ?

A princesa das passarelas

A musa das canas caianas

A modelo dos coquetéis

Quantos milhões de CD’s você vendeu este ano ?

Insistindo para que todos vejam, a cores

Onde é a sede de sua inteligência

Mexerica dos podres poderes

Você está de luto e não sabe

Veste-se de arco-íris, na essência

Tudo em você é artificial

Afetos, pensamentos fantasias de carnaval

Sua mente em ebulição

Seu assado de panela

E esse mal-estar geral

Que santo vai te valer

Se você acender uma vela ?

Seu drama moderno

O milagre econômico

Que gerou a ultraviolência social

Mãe de todos os seres

Madonna de todo horror radical

Ilustre grandmother daqueles monkeynautas

Dando pulinhos na lua, que atração astral

Seus netinhos puxaram aos ancestrais

“Filhos de peixe peixinhos são”

Inventaram bombas capazes de dizimar

Todas as espécies de animais

No Maracanã cheio de berros

O mundo todo em suas mãos

Uma quer ser, quando crescer

A Gisele Bündchen anorexa pra valer

A outra, a Carolina Careca

A de calcinha transparente, 17,

A garota de programa Barbie

A Bruna Surfistinha tem a chave

A fulana deseja ser a mulher do cafajeste

Ele é um cara que tem "molho"

Se precisar maneirar você põe no drive

A cantora do cal canhoto

Aqueloutra, a Sabrina Zip Net

A Ivete, namorada do bicheiro

Você sabe como funciona

A política do arrocho

A Regina da arte fascistinha

Amante do sinhôzinho Malta

Já deu todas as dicas

De seus descendentes primatas

Ajoelham-se nos oratórios

Olhos vidrados nos demos pornôs

Suas netinhas velhacas

Têm as mentes mais banais do planeta

E nas platéia da tv

Querem todas vir a ser

A vaquinha de presépio que mais se sobressai

Nos programas de auditório

Vovozinha Abim, ó, você não vê ?

Está na hora de mudar

Passageiros do Terceiro Milênio

Querem uma mente nova pra pensar

Essa mentalidade de pipoqueira

Não satisfaz meus sentidos

Você agora, quer ser chic

Veste-se nas melhores grifes

Das butiques do colarinho branco

Suas netinhas são o sal da terra

Do dólar do real do euro

A guiar o bananal em direção alhures

Rainha da nova geração de pererecas

Você tem a modernidade

Da garota da idade da pedra

Anjo do ecstasy

Se droga com prozac pra manter

Esse sorriso de fada grunge, esperta

Que adianta anestesiar seu medo

Se nem assim ele vai pra longe ?

Um pouco de Ética não vai mal

Da Sé em Sampa à

Marquês de Sapucaí

Ao Palácio Central da Besta do Carnaval

Vende-se de tudo: de majestades do quilombo

À foto mais sensacional

Banqueiros de lambreta

Verdinhas falsas, sonhos de valsa

Vai sair em tudo que é jornal

Os auditórios cheios de palminhas

Aplausos de pé para a próxima titica global

Chegou a hora da risada gravada

Quem mais sorrir nos programas de humor ?

Palmas para o bulevar do baixo astral

Mama Abim, primata de todos os filhos da mãe

Ouça um pouco, por favor

Seu neto precisa de uma garota

Com uma mente e um coração de gente

Que não faça seu QI ir pelo ralo

Que valorize sentimentos

Que se afine com emoções

Que não sejam de auditório

De fazer justiça a macaco

Sou filho da evolução das espécies

Por que em seus programas de ratos

Só cabem bobagens, quermesses ?

Suas netinhas só lêem o Paulo Coelho

Com essa cultura de comadres

De candinhas e seus espelhos

Com esse tipo de tesão

Quem vai saber fazer valer meus direitos ?

Meu desejo é em vão ?

De não querer ser traficante

Doleiro, cantor de pagode

Michê do colarinho branco

Ou rato de porão ?

Minha cara avózinha, ó, teu horizonte

Não abriga nenhuma paisagem mental

Que seja minha. Nenhuma afinidade

Teu astral gerou esse tipo de sal

Estilo tvvisão, cultura de praia do Calhau

Tua face medonha de mulher das savanas

Maquiada de estrela global

É sucesso no ibope da sala de jantar

Vovózinha, ó, das festas de Natal

Papai-Noel te trouxe um mel

A sonoridade de minha flauta

Seus lábios ensejam um chega mais

Mamão com açúcar

Venha também encontrar

Este cantinho de céu

Menininha do canta lá, você cresceu

Sua boneca quebrou o braço

O mecanismo de seus olhos emperrou

Suas pupilas estão escancaradamente fechadas

Seu presente de virada de milênio

A promessa de que viverá o nosso desamor

Um genoma de tungstênio

O bom Noel vai te dá

A dádiva de casamento ideal

Um donativo de gênio no Natal

Um casal de macacos-prego

A menina vai nascer de seis meses

O garoto de 180 dias

Os sinos vão dobrar por ti neste limiar de século

Dad-Noel vai botar

Debaixo de sua caminha

Atrás do travesseiro vário

As profecias que nós de damos

No rasgar da camisinha

Os espermatozóides em fuga

Vão se danar de vez

A moça só, só pensa em ser

A mulher do gamo

A namorada do lourinho Uga-Uga

Você vai segurar essa peteca ?

Ser a garota pioneira da suruba ?

Da extinção da espécie sapiens/demens ?

Sua cabeça vai plugar esse ruído vário ?

Seu país é a cia do pagode

Você é ibope até para “ô coitado”

Minha laranja-mimosa

Sua moral, margarina de sanitário

Minha garota fogosa és a tal

Faz-de-conta que no meu sarau

Não vais mais brincar de Adão e Eva ?

De Abim que tudo sabe

Das conversas de comadres ?

Nessa Micarina vais ser a

Pincesinha de baile

Cinderela do senhor do mal ?



((At.: Esta poesia ironiza o universo em desencanto dos condicionamentos de pessoas que não parecem racionais e mais se afeiçoam aos atavismo de símios (Guerras, corrupção, tráfico, prostituição,lavagem de dinheiro por banqueiros políticos, chefe de partido, matança, violência, tráfico de menores, disseminação indiscriminada da cultura da globalização(nivelamento cultural por baixo via tv e Internet). O poeta, otimista, acredita que na cultura globalizada atual, existem indivíduos que agem e reagem como se fossem mutações culturais, seres humanos. Investidores na Paz.))

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