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Poesias-->RÉU -- 01/11/2006 - 13:47 (Jair Fonseca Martins) |
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Réu
Condenação!
Grito ecoante
Rasgado na garganta,
Clamor sangrento
Por culpa atenuada
A um inocente.
Sentença que tosquiou a esperança
Na flacidez dos fatos
Conspiração do malogro ato.
Vias férreas de trilhos extensos
No calor e exaustão
Banem o corpo já demente.
O decreto fechou a porta
No norte da liberdade exórdia.
No sul a mentira subiu o trono
Excitando no fórum torno,
Toda deslealdade de um júri sem quorum.
Cruciais horas!
Espada reluzente carrega o réu
No olhar febril do ódio,
Percorrendo o caminho de abrolhos.
Vergões em cruzes
São seus guardiões.
Quadrados que o emoldura
Nos recantos do santuário dos monólogos.
A vida passa a ser resumo,
Leitura em páginas de rogos.
Jair Martins 11/10/06 - 23h20
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