Usina de Letras
Usina de Letras
134 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62231 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50629)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4768)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140805)

Redação (3306)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Atentados terroristas -- 10/03/2004 - 15:00 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



Cansado de jogar bombas contra os escritórios oficiais o terrorista resolveu inovar. Precisava atingir seus objetivos políticos sem mutilar pessoas, explodir prédios ou derrubar aviões. Isto era muito pouco original.
Pensou nos estudantes de comunicação de uma faculdade argentina, que obtiveram sucesso vendendo a obra intitulada "O pensamento de Carlos Menen", um compilado de trezentas páginas em branco que logo se esgotou numa feira de literatura.
Chamar a atenção dos políticos sem matar e explodir? Tanta gente já tentava isso através de greves, abaixo assinados, manifestações de rua, através da imprensa e outras formas menores.
Jejum nem pensar, pois a clandestinidade já lhe valia pouco peso. Anúncio em out-door ficaria muito caro. Amigos jornalistas obedeciam a linha editorial de seus veículos, com as discretas censuras veladas de patrocinadores e amigos do patrão.
Que recurso teria então para ser original, matar sem matar, ferir sem ferir? Poderia se tornar talvez um sedutor, levando para os lençóis e jardins as mulheres dos líderes políticos que desprezava, mas isso teria que ser divulgado, senão pouco importariam seus atos. Ainda assim não custaria tentar, entre um atentado e outro.
A primeira vítima foi um vereador do bairro, que estava no quarto mandato.
Disfarçado de pipoqueiro foi trabalhar nas cercanias da escola onde a esposa do político trabalhava. Levou cinco semanas para conseguir o intento. Depois espalhou o boato entre os eleitores, abalando a carreira do homem.
Em seguida seduziu a mulher de mais quatro vereadores, fechando o semestre com saldo positivo. Dois até renunciaram de vergonha. Então partiu para o presidente da càmara e para o secretariado, sempre disfarçado de pipoqueiro.
No segundo semestre já tinha arrasado com o prefeito também, elaborando planos para os deputados.
Um ano depois, cansado de políticos regionais resolveu atacar os líderes federais, alcançando algumas conquistas, já com o disfarce de carteiro.
Os políticos atingidos tiveram as mais diversas reações, inclusive com suicídio de dois. Outros fizeram de conta que não sabiam de nada e continuaram casados.
O grande problema foi quando o político escolhido, casado e pai de seis filhos, revelou ter um casamento de fachada. O terrorista percebeu que teria que manter relações com o motorista para alcançar seus propósitos. Foi quando decidiu instalar uma bomba potente no portão do homem, mandando o infeliz para o inferno em mil pedaços.
Assim acabou capturado e condenado à prisão, onde foi assassinado quando tentava seduzir a esposa do diretor do presídio.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui