Não digas que nada sabe.
Que não notou.
Não diga que não sonhou.
Que não sentiu saudades.
Não vê que não posso mais?
Ah! Não fale em amor,
em esperança e em desejos.
Não me fale com dengo e com chamego.
Ah! Não me provoque mais,
minhas forças esgotaram-se.
Não toque no vulcão adormecido,
que em suas cinzas
ainda existem, resto de esperança.
Não lembre do caminho percorrido.
Nele não há mais flores,
apenas um solo ressecado pela dor.
Ah! Não me toque,
mesmo no seu silêncio.
Não quero lutar.
Não quero ver.
Não quero ter que voltar,
a sentir tudo outra vez.
Não me provoque...amor.
Viver assim é padecer.
Não peça colo,
não peça beijos,
não quero te acolher.
Não vê que não posso
mais esconder.
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