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Erotico-->Primeira vez... -- 08/02/2004 - 16:20 (José J Serpa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Foi num verão dos fins do século XX.
Numa universidade ribeirinha de Rhode Island, havia três grupos utilizando as instalações do Conference Center. O nosso, com uns vinte participantes, o de uma fundação científica de grande prestígio, que se debruçava sobre estudos metalúrgicos, e um grupo de caloiros para o ano seguinte que se estavam a familiarizar com o câmpus.

Claro que os três grupos só se encontravam às horas das refeições. Tinham dividido a cantina de uma das faculdades e três partes, uma para cada grupo, e faziam o possível para nos manter separados. Em certos dias, cada grupo tinha tratamento distinto. A fundação científica normalmente tinha comida melhor do que nós (com lagosta, às vezes). Procurei atinar com a razão porque davam mais e melhor comida às ciências do que às humanities, mas nunca encontrei explicação satisfatória. Talvez fosse apenas reflexo da preocupação que então se sentia em Washington com os avanços tecnológicos do Japão – o governo federal é que subsidiava ambos os grupos.

Para manter os grupos separados no refeitório, postavam a uma mesa, próximo da entrada, uma pessoa que ia descarregando os nossos nomes de duas listas diferentes e entregando aos membros do grupo que tinha direito a lagosta, ou outro prato privilegiado, uma senha que era depois entregue ao balcão do self-service.

A pessoa mais frequentemente encarregada deste trabalho era uma mocinha muito branca, de pele leitosa, de cabelos compridos, cor de palha, e com um fabuloso par de pernas, fortes, caprichosamente delineadas, e generosamente expostas. Sorridente, sempre pronta a responder a um cumprimento amável, ao terceiro dia já sabia o meu nome de cor:
–Professor Nelson ...! - e toda ela se abria num enorme sorriso que me cativava.
Dois dedos de conversa à entrada, outros dois à saída, logo fiquei sabendo que era aluna da universidade, que se especializava em linguistica e que tinha entre mãos um trabalho sobre a fonética do Português e do Castelhano.
–Fonética comparada?
I guess you could call it that... Creio que se pode chamar assim – traduziu ela num português correctíssimo mas carregado de sotaque anglosaxónico – o pior é que não encontrei ainda um bom modelo português. Castelhano tenho, na família duma colega que mora perto daqui em East Providence e com quem passo, às vezes, o fim-de-semana... Mas português, não encontro nada de genuíno.
–Pois é... Naturalmente as pessoas que por cá falam o Português, falam dialetos que não interessam ao seu estudo.
–Dialetos. Isso mesmo... e dialetos das ilhas. A maior parte de S. Miguel, imagine. Não é a standard portuguese fonética..

Prontifiquei-me para modelo da standard portuguese fonética. A mocinha delirou de contentamento. Nessa noite encontrámo-nos na biblioteca para estabelecer um programa de trabalho. Combinámos encontrar-nos todos os dias ali. O laboratório de línguas que teríamos de utilizar estava instalado na cave do edifício da própria biblioteca..

Na nossa primeira sessão de trabalho pouco aconteceu do que havia de acontecer depois.
Ela gravou a minha voz a ler uma página da «Peregrinação» de Fernão Mendes Pinto, que eu, por acaso, trazia das minhas reuniões. Depois pôs-me a pronunciar sons isolados que iam aparecendo num ecrã analisados em termos de amplitude, número de vibrações, etc.

Disse que não tinha acontecido nada, mas não é bem verdade. Janet (era o seu nome) quis apalpar-me a garganta enquanto eu pronunciava certos sons. Queria uma impressão táctil das minhas cordas vocais. Postou-se atrás de mim, muito chegada às minhas costas e, enquanto me fazia pronunciar os sons, passava os dedinhos de veludo pelo meu pescoço:
–Pa-ta-ca...
–Be-de-ga....
Oh! This is marvelous! Great! Again.
–Pa-ta-ca...
Beautiful! - debruçava-se mais sobre o meu ombro para lançar breves notas no caderno que estava sobre o painel de instrumentos, à minha frente.
–Be-de-ga...
–Be-de-ga...
E lá vinham outra vez aqueles dedinhos que me deixavam na garganta uma impressão deliciosa.
A pouco e pouco fui tomando consciência do corpo dela todo encostado a mim. Primeiro foram os seios cuja impressão me surpreendeu imenso. Talvez porque nunca os tivesse notado antes, de pequeninos que eram... Mas agora a imprimir-se no meu ombro, meu Deus, que bojudinhos! Depois senti-lhe as coxas nitidamente coladas nos meus flancos... Ah! Esqueci-me de dizer que o meu assento era baixo, sem costas, daqueles que antigamente se chamavam mochos. A banca de trabalho era muma espécie de balcão dividido em pequenos compartimentos com microfones, painéis com botões, visores, etc.

A sessão de trabalho durou talvez uma hora e meia. Quando chegámos ao fim, eu estava imensamente excitado. Janet, num relance, notou o meu estado, mas não disse nada. Creio que estava também excitada, porque estava corada como uma cereja madura.
–Amanhã outra vez?
–Pois sim - respondi - aqui?
Ela hesitou. Voltou-me as costas, foi até ao fundo do laboratório, depois voltou-se, e de olhos no chão, gaguejou:
–Ah... Bom... Não! Talvez nos pudéssemos encontrar no meu quarto...
–Tá bem... pode ser... e sem termos dito mais nada, tínhamos dito tudo.
Despedimo-nos encabulados, mal nos tocando as mãos que mecanicamente estendemos um ao outro, mas certos, certíssimos do que ia acontecer, no dia seguinte, no quarto dela.

Ao despedir-me não a olhei no rosto. Só lhe notei as ancas, o ventre profundo, e as coxas bem marcadas na saia cinzento claro. E os joelhos... especialmente os joelhos muito definidos, sem serem ossudos, brancos, apetitosos. Foi a imagem com que fiquei toda essa noite. Só consegui adormecer alta madrugada. A imagem dela não me saía da cabeça. Aqueles joelhos, aquela dupla impressão, no meu ombro... como podiam os seios dela ser tão... rijos?
No dia seguinte, andei toda a manhã numa excitação tremenda.. Não podia esperar pela hora do almoço para a ver de novo. Quase corri, à frente de toda a gente, a caminho da cantina. Mas quando lá cheguei, fiquei pasmado: ela não estava lá. Foi um choque tremendo. Teria sido tudo brincadeira dela? Meu Deus! Fiquei estacado à porta e se não fosse a fila de esfomeados atrás de mim, creio que não teria entrado. Mas quando cheguei junto da pessoa que a substituia, uma mulher já madura, talvez uma empregada, ela, ao ouvir o meu nome, tirou do bolso um bilhetinho que me deu, mesmo antes de me descarregar da lista de comensais O bilhete era da Janet e dizia assim:

The library at 9:00
Sharp!
Janet

Às nove estávamos na biblioteca. Mal nos falámos. Janet guiou-me para uma antiga mansão, ali perto, onde ficava o quarto dela.
O quarto de Janet era uma grande sala do vetusto edifício, que tinha sido adaptada a camarata. Quatro camas e outros tantos guarda-fatos, pequenos frigoríficos, e mesas de trabalho. Fiquei atrapalhado com todo aquele aparato e ela notou.
Relax. I am the only one here – sorriu aquele sorriso lindo que me encantava – está toda a gente em férias. Fiquei eu por causa do trabalho de fonética.

Creio que estava mais encabulado do que ela. Num arrepio de consciência, quis lhe dizer que aquilo era tudo uma loucura, que eu era um velho, comparado com ela ... mas foi ela que falou primeiro:
I have never done this before. É a minha primeira vez... Tem de me ajudar – e compreendendo o que me ia na alma –I chose you because you are a more mature man... Gosto dos homens mais maduros. Dão-me uma certa sensação de segurança.
Fiquei imóvel, debatendo-me entre a vontade de a cobrir de beijos e da surpresa do que ela me acabava de revelar. Foi ela que quebrou o impasse, sorrindo de novo.
And besides, I find you very cute... O Senhor é mesmo bonitão, Professor.
Janet, come here!

Aquilo era de mais, e eu ia dizer-lhe que a escolha dela não tinha sido acertada, que.. Mas ela veio dependurar-se ao meu pescoço arrulhando de ternura tão docemente que todos os meus argumentos se me varreram da mente como por encanto:
It́.; s alright, my Love. Í.; ll help you. Está bem. Eu prometo ajudá-la – foi tudo o que pude dizer-lhe.

As palavras trocadas entre nós, durante o resto da noite, não foram muitas e todas ciciadas como se tivéssemos medo de estar a ser ouvidos por estranhos.

Com ela ainda nos meus braços, disse-lhe que íamos apagar a luz para começar. Janet pareceu surpresa:
–Janet, sou um homem mais velho, o meu corpo já não tem mais a beleza dum jovem. Mais tarde, quando estivermos mais à vontade, acendemos, se tu quiseres.
Janet beijou-me levemente os lábios, como se quisesse calar de vez todas as minhas hesitações, e foi apagar a luz. Ficámos só com a claridade que vinha das luzes da rua, coada pelas janelas.
Come on, ande, venha – e puxou-me suavemente para o leito.

Deitámo-nos, lado a lado. Comecei por lhe afagar a cabeça, as sobrancelhas a testa... Beijei-lhe demoradamente os cabelos, acariciei-lhe os lábios... A breve trecho tínha-lhe descoberto as zonas erógenas mais sensíveis. Eram as sobrancelhas, a zona do pescoço junto à raiz das orelhas. O prazer que as minhas carícias lhe proporcionavam em todo o rosto era evidente, mas quando eu chegava às sobrancelhas e à raiz das orelhas a resposta de Janet era muito mais intensa. Sentia-a relaxar, aninhar-se mais e ir crescendo em entusiasmo.

Janet, I am going to undress you. Are you ready? Vou tirar a sua blusa.
Yes! Please, do... Tire, tire...
Suavemente voltei-a de costas na cama e, à claridade das luzes da rua que entrava pelas janelas, notei que tinha os olhos fechados. Pedi-lhe que os mantivesse fechados:
Keep your eyes close, my Love.
Sobre o leito, com ela entre os meus joelhos, debrucei-me sobre Janet, e alternando beijos e carícias fui-lhe desabotoando blusa, o soutien... Quando finalmente a vi ali de tronco nu, não pude conter uma exclamação de genuína admiração
Lord, You are beautiful...como você é linda, Janet!
Vi-a esboçar um sorriso e abrir os olhos, mas talvez por se sentir tão exposta estremeceu. Soergueu-se e abraçou-me, colando-se muito a mim como se quisesse esconder a sua nudez.
Are you afraid? Não tenha medo!
No. I am just a little embrraced. Só tenho um pouquinho de vergonha.
It́.; s alright. Do you want me to stop? Quer que eu pare?
No! Please, doń.; t...

Mas eu estava rebentando Uma erecção enorme que se tornara seriamente dolorosa, contra a minha calça. E eu sabia que não aguentava muito mais...
My Love You are too much excitement to me. Você é que vai ter de me ajudar...
–Hum, hum... – anuiu Janet num sussurro.
Pedi-lhe que mantivesse os olhos fechados. Fui-me debruçando sobre a cama até a cabeça dela descansar no travesseiro. Ela deixou-se guiar, e primeiro hesitantemente, depois mais afoita, foi-me afagando as coxas e se aventurando mais e mais.

Assim deitada de costas os seios dela quase desapareciam. Só ficavam os mamílos tensos erectos. Rolei-os levemente entre os meus dedos molhados de saliva. Janet gostou. Beijei-lhos alternadamente, ela estremeceu. Pus-me a sugar-lhos, ora um ora outro e ela suspirou de prazer.

Depois de me puxar a roupa para os joelhos, Janet percebeu que eu estava chegando a uma situação de enorme excitação. Aconchegou em ambas as mãos o meu sexo que palpitava descontroladamente prestes a explodir
I need your help now – Ajude-me, segredei-lhe.
What can I do, como posso ajudar? – perguntou, ansiosa.
Let me pull you skirt down, or it will be ruined... Temos de tirar a sua saia, se não fica com nódoa... e nunca mais sai.

Janet ajudou-me a tirar a saia, erguendo levemente as ancas. Ao primeiro jacto da minha ejaculação, ela puxou-me mais para si e aconchegou contra o seu ventre todo o meu sexo, cobrindo-o com as duas mãos. Durante longos momentos, as mãos e os pulsos de Janet tentaram imobilizar contra o seu próprio corpo o meu sexo que pulsava em borbotões que pareciam nunca mais querer parar.

Quando finalmente me sentiu relaxado, mas ainda sem coragem para me mexer ela sussurrou-me:
But you didń.; t do me! Í.; m still a virgin. O Senhor não me... desflorou...
It́.; s alright, Love. The night is still young. A noite ainda é jovem, meu Amor. Relaxe!

Sem mudar de posição suspendi um pouco a pressão sobre o corpo dela. Senti o meu sexo tornando-se flácido, entre as suas mãos, no esperma que se empoçara à volta do seu umbigo. Senti-me intimamente embaraçado... e, beijando-a reconhecido, estendi a mão para o candeeiro da mesinha de cabeceira, perguntando se podia acendê-lo:
Can I turn the light on now?
Sure.

Acendi. Soergui-me lentamente. Janet deixou sair o meu sexo de sob as suas mãos sem as mexer...
Love, do you want to dry yourself? You are all wet... Vamos enxugá-la com a sua calcinha.
Rebolou-se levemente, ora dum lado ora do outro, para me ajudar a passar a pequenina cueca bordada sob as nádegas, limpou-se com ela, e deixou-a cair toda ensopada para fora da cama.

Só então, com a luz acesa, é que eu pude ver como a mocinha era verdadeiramente linda. Tinha uma pele surpreendentemente branca, macia.

Debrucei-me sobre ela e fui-lhe acariciando e beijando o ventre, cheirando ainda ao meu esperma. As coxas dela, respondendo às minhas carícias foram-se afastando, abrindo expontaneamente. Beijei-lhe longamente o mais íntimo das pernas. As verilhas dela sabiam a sal, um sal acidulado. O púbis de Janet era quase nu. Apenas coberto por um ligeiro véu de pêlos macios, curtos, uma penugem sedosa, aloirada.

Cada vez com mais entusiasmo, ela respondia às minhas carícias.
Primeiro com um beijo bem húmido, e depois com os dedos, palpei-lhe o clitóris que estava entumescido. Dedilhei-o, o mais levemente que fui capaz. Janet respondia agora com suspiros e com ligeiras ondulações das ancas. Fui descendo mais, o meu dedo entre os lábios quentes da vulva dela. Era um reguinho suculento que me apetecia sugar logo, mas contive-me. Fiz o meu dedo escorregar ritmicamente dentro daquela sopinha de molho, acariciando-lhe a vulva toda. Em cada movimento sentia a boquinha da vagina, o clitóris... até o botãozinho da uretra parecia entumescido de prazer. Quanto mais leve o meu dedo deslizava, mais rápido e mais ritmado, puxando o suco da vulva para o clitóris, mais profundamente todo o corpo de Janet se descontraía.

Em dado momento agitou-se, tornou-se mais rígida, apertando com força as coxas e agarrando o meu pulso num esforço de imobilizar a minha mão. Parei de dedilhar o sexo dela. A minha mão descansou no púbis de Janet, com as dela, por cima, segurando, e o meu dedo ensopado dentro daquele sulco gostoso, quentinho. Janet então suspirou profundamente.
Espasmos breves abalaram o corpo dela, repetidamente. Depois relaxou, ficando completamente imóvel, como se tivesse desmaiado.

Quando eu já me começava a preocupar com a imobilidade dela, como que voltou a si, passou-me os braços ao pescoço e puxou-me com força para o seu peito e quis todo o meu peso sobre ela... Abracei-a também e creio que adormecemos mais ou menos nessa posição.

Foi ela que acordou primeiro:
Love, You are an adorable man. I loved everything you did to me... But I am still a virgin. Eu ainda estou virgem!

Já a primeira cotovia cantava lá fora, nos plátanos da alameda, quando Janet «perdeu» a sua virgindade. Eu voltei, à pressa, para o meu quarto para me preparar para os trabalhos do dia. Janet ficou na cama.

Voltei ao quarto dela à hora do almoço. Ainda estava deitada.
–Dói-me o corpo todo. Parece que apanhei uma sova.
–Se calhar foi mesmo!

Trouxe-lhe do frigorífico um copo de leite, e fiz-lhe duas torradas. Enquanto ela comia, conversámos sobre banalidades deliciosas. Finalmente, despedi-me e quando já ia saíndo, Janet chamou-me:

–Professor, tenho de lhe fazer uma confissão. Eu já o conhecia, ou melhor, já sabia quem o Senhor era. Fui companheira de quarto da Regy... na UCLA, o ano passado... Lembra-se dela?

Eu lembrava-me

–E outra confissão: o trabalho de fonética já estava completo... amanhã parto para férias... aquilo foi invenção minha.

Voltei junto do leito, beijei-a de novo emocionado, e parti depois para os trabalhos da tarde.

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