143 usuários online |
| |
|
Poesias-->A Minha Vida -- 22/11/2006 - 15:37 (Ed Carlos Bezerra da Silveira) |
|
|
| |
A vida minha
Tu que retiraste a vida minha
Cujo nome assombroso eu não me atrevo clamar
Espectro enfermo que ermo caminha
Levaste o que eu mais adorava amar.
Vida, diga-me, para que me serve agora?
Se n’alvura de nuvens lá no céu
Entre elas, tu valsas como ninfas, adornada em fino véu
Esquecendo da atraente aurora.
‘Spero ir para bem longe das minhas vis dores
Ai de minh’alma fugida!
Lá, ela dança tão surpreendente vadia
Olvidando todos os meus amores.
Já não há um belo Febo que me aqueça
Nem ninfas que me cante liras delirantes
Já não há sofrimento que me esqueça
Nem razão pra minhas rimas tocantes.
Tende em mim uma nova dor ardente
Neste meu solitário peito palpitante
Eu grito com bramidos sufocantes: voltes!
Vida minha, ond’andas tu que tão solta
Que não escuta as minhas sufocantes solfas?
Ed Carlos Bezerra |
|