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Poesias-->O Amor Perdido( Primeira Parte) -- 22/11/2006 - 15:45 (Ed Carlos Bezerra da Silveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Amor Perdido (Primeira parte)





- Eu bem sei que te encontro em tortuoso esteio

Apoiada em seus maiores medos

Mas sabes mulher o que eu desejo?

Seu amor sem desespero.



- Pedes o que não tenho, homem feroz

Encontro-me perdida n’alva de minh’alma

Porque é por ela e com ela que sofro tanto

Não seja para mim tão algoz!

Não sou a mulher que lhe roubou a alma.



- Se eu clamo a você todos os meus anseios

Realmente é porque você roubou meu coração

Mesmo que dos teus belos lábios, eu nunca ouça teus sentimentos

Juro que sempre te gritarei em voz sumida, minha bela paixão.



- Oh, por que me torna alvo das tuas dores?

O que tenho eu para você me amar tanto?

Sou por acaso o motivo para tantos amores?

Pois até agorinha mesmo, um outro me disse que sou um encanto?!



- Eu rogo em tórrida emoção

A você que amo de um amor sentimental

Mataste tu sem compaixão meu coração

Agora eu padeço uma dor fenomenal.



- Pois com o som desigual dos teus clamores

Julga-me tu imoral e alcoviteira?

Saiba você que meus amores

Nunca passou de quimeras e dores

Por que dizes tu a mim, coisas tão feias?



- Eu nunca te disse uma só ofensa!

Que em tu’alma puída, possa eu ter magoado

Eu apenas disse que tu roubaste sem licença

Meu coração que tanto bate definhado.



- Oh, Deus! Como você me acusa assim de ser a culpada de suas enfermidades?

Por que me acusas de ser a pior pessoa da tua vida?

Eu não entrei nela e, tampouco, te causei maldades!

Foi você, com seu egoísmo, que me colocou nas tuas mentiras.



- Mentiras? Você roubou-me o sossego

Tirou-me o último fio da paciência

Trouxe-me o desatinado desespero

E olha como eu estou, lhe peço clemência?!



- Eu roubei o teu íntimo peito aflito?

Tu vens me ofender com a tua coita?

Foste tu que aqui em aramá dizes canções e conflitos

Para me fazer sentir pena de ti e de tua maldita solfa!



- As tristezas que te canto tão mor

Não foi para padecer seus sentidos

Eu quero com isso, provar o meu amor maior

A você, antes de eu morrer consumido

Por estas minhas dores sem sentido

Posso eu morrer de sufoco e desnutrido

Olhe como estou magrelo. O amor, oh!, eu digo:

É por causa da falha de teu amor vendido

Que me torno agora um pobre desmerecido.



- Morrer? Ah, como és tu exagerado!

Falas de amor a mim com tanta desenvoltura

Só que digo que jamais por mim será você amado

E tampouco, chegará perto de minha sublime altura.



- Vejas como é você tão orgulhosa

Agora faz bico tão cheio de vitória

Falas comigo, ora formosa, ora manhosa

E depois, fica cheia de história

Sabe de uma coisa? É você que nunca chegará a minha altura maravilhosa.



- Não chegarei? Oh, como és tu tortuoso!

Como podes querer enganar-me para ser dono de meu coração?

Saibas você que eu amo a outro

E é por ele que me perdi, invadida em válida emoção.



- Então vã fóz desperdiçou o meu amor

Que tirei daqui de meu peito aflito?

N’alma tua não há um só bocado de rubor

Que me possa amar um bocadinho só sem conflito?



- Ah, agora sua altura chegou ao chão

Sou orgulhosa e manhosa?

Não me queres desdenhar a paixão?

Agora, sem pudor, queres me chamar de formosa?



- Nunca te ofendi e, claro, eu falo que tu és formosa!

Agora a tua manha, sim, esta você me deu

Com tanto sentimento, tornou-se amorosa

Só que tomou meu coração nas mãos e comeu

Diga-me, há um amor em seu coração, minha dengosa?



- Se há, eu não sei te dizer!

Não cobres o que em minh’alma, quiçá, não possa estar

E nem persistas em algo cujo em meu coração jamais esteve.

Olhe-me nos olhos e, diga-me, com certeza, agora, vamos lá:

Irás amar um coração tão sem sentido como este?



- Amarei você e teu coração desnutrido

Os pássaros cantam as paixões

As folhas vibram sem um único sentido

Só não sei porque, mas vou amar suas faltosas emoções.



- Mentiras! Nunca vi os teus pássaros cantar

As folhas que dizes vibrar, são faltosas

As emoções que dizes que não tenho, são miraculosas

No entanto, elas não podem existir se o amor me faltar.



- Imoral eu te julgo aqui, portanto!

Pois sei que teu amor pertence a outro

Vou morrer na coita de teu amor sem encanto

E sucumbir meu coração neste desencontro.



- Ofendes-me tu, novamente, homem fumoso e doloso?

Culpas-me de tuas dores por não te desejar?

Tenho eu culpa, se o meu coração, com a flecha, acertou-me o cupido?

Saibas tu que vivo hoje também sem poder amar?



- Tu mentes, mulher desejada

Eu vi teus olhares a um mancebo feio, parecendo que já faleceu

Cheia de razão tu dizes que sofre por não ser amada

E eu te digo que meu coração já padeceu.



- Padecer? Por qual motivo?

Eu nunca te dei motivo, quero você como amigo

Fere-me o íntimo aflito. Como padece? Está vivo.

Sabe que as estrelas estão sempre comigo?



- Eu não te reconheço as palavras, o que diz, o que faz?

Ando roto, sem sentido, sem receber o seu amor

Mas n’alvorada eu transcendo como um homem que traz

Um sentimento anacrônico, fero e maior.



- Prelibava o claudico porvir que não tardaria

A vir um homem com a alma de Eros

Só não imaginava que o seu amor seria

Alguma coisa que me tornaria um prato para os feros.



- Por não te amar matou a vívida flor?

Não sou Eros e te quero tanto.

Não tornei os teus sentimentos um amor, inválido, insípido, portanto.

Acreditei nos sentido que a minha dor

Transcendendo dentro de mim.; espantou-me tanto

Fez-me acreditar que eu poderia ser você

E que meu amor, poderia suprir a devassidão do seu desencanto.





Ed Carlos Bezerra

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