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Cordel-->O SAPO BARBUDO E A PRINCESA ESTRANGEIRA -- 22/07/2014 - 17:07 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Das coisas que não consigo entender
É que todas as princesas são brancas
Em todas as estórias que você vai ler
Pode ser o maior amor desse mundo
Até com sentimento pouco profundo
Mesmo assim branca ela tem que ser.
Eu não sei se é coisa de conquistador
Que impõe seus hábitos e sua cultura
Nas tribos que passa a ser dominador
E que atropelando seu modo de vida
Nem se importa se vai causar a ferida
Que até muito pode macular sua cor.
Nem porque é sempre jovem bonitão
O homem representado no príncipe
A força nos braços e amor no coração
Parecendo que só eles são os dotados
Ultra-homens e mais que capacitados
Como Hitler mal pensava do alemão.

Mas remexendo minhas engrenagens
Para ativar as memórias mais antigas
Surgiram lembranças e as mensagens
Que mais parecem toque e cutucadas
De estórias que devem ser lembradas
E jamais esquecidas nessas paisagens.

Muito interessante é o sapo barbudo
Que queria namoro de uma princesa
Que nem era linda mais sabia tudo
Era poliglota e conhecia o português
E diziam que também sabia francês
Que seu pai até usava um sobretudo.

Que até rebeldia em suas veias corria
E por ser valente nem se dava trégua
Pegava ferro quente se assim queria
Era daquelas princesas feitas de aço
Que não perdiam candura no abraço
Senão até o sapo de amor morreria.

E o sapo que fora sem camisa surtou
Ao ponto de perder sua compostura
E na sua biografia que logo queimou
Para esquecer do que fizera num dia
E das bravuras que então já cometia
Pelos ideais que num tempo abraçou.
Mas o que deixou ele muito chateado

Foi ter ela ficado cheia dos melindres
Por compromisso com outro fechado
Numa época que valia é palavra dada
Não podia mudar coisa bem acertada
Portanto o marido não era negociado.

E diante de uma impossibilidade real
Ele que acreditava ser o brejo o reino
Que apenas escolhido se achava o tal
Tendo até já desbancado o forte leão
Se achando o rei por lógica e tradição
Mas nesse brejal ele é o rei e maioral

Naquele tempo os sapos tinham ética
Que até os deixava em encruzilhadas
Em situações estranhas e até tétricas
Pois também ficavam de calças curtas
Com lances de xavecos com permutas
Logo eles que gostavam das métricas.

Gostavam e eram plenamente hábeis
Quando usavam os seus longos pulos
E as longuíssimas linguadas notáveis
Que alcançavam inimigos à distância
E fazendo dessa prática a constância
Nessas atividades já tão formidáveis.

Com inteligência e boa malandragem
Como a do lendário sapo do bigodão
Que já havia reinado nesta paisagem
Por todos os lados começou a armar
Acabando resistências para articular
Até com inimigos de outra paragem.

Se em terras secas ou nas arenosas
Nem se importando onde reinavam
Nas subterrâneas ou em cavernosas
O importante ao sapo era ter poder
E para indicar quem lhe iria suceder
Não tinha dúvida de sua formosa.

Mais ninguém no reino ouvira dela
E nem do apito que ela sabia tocar
Só a turma do sapão apostava nela
Mesmo por serem seus puxa-sacos
Ou até pra tirarem alguns pedaços
Que poderia render essa querela.

Por pura sorte havia um sapo ladino
Que havia atuado noutras jornadas
Que sabia fazer do sapão o paladino
Que capaz de melhorar todo o brejal
A sua sucessora faria exatamente tal
Como receita do seu bom raciocínio.

Até repaginaram o sapo na butique
Botaram em sua boca boas palavras
Contaram lendas e estórias chiques
Das que fora príncipe antes de sapo
Que já sofreu com membro cortado
E a sua luz só custava alguns cliques.

Era o de sempre no jogo da sedução
Que os ladinos usavam pra enganar
Que enganavam até a assombração
Dos mais espertos da malandragem
Do maior do político da politicagem
Desses que ludibridiam uma nação.

Pela associação com toda a saparia
Até com negociações com os girinos
E crocodilos articulados com as gias
Ele iria continuar mantendo o poder
Ao eleger aquela que iria o suceder
E todos então um pedaço receberia

Depois que tudo foi bem costurado
Porque o caso precisa de sabedoria
Para não deixar um pouco sobrado
Que neste caso ficar o rabo de fora
Certamente não tem dia nem hora
Para que o líder venha ser cobrado.

Bem sucedido nas suas intenções
Que aí já deixaram de ser só suas
Por tantos acordos e negociações
O sucesso do evento foi festejado
Com cargo e agrados apropriados
No conforme de tais celebrações.

Para entender pelas negociações
Do que fazer ou mesmo desfazer
É preciso deixar fora as emoções
Se meios justificam os desejados
E muitos até serão os agraciados
É sair pros abraços e celebrações.

Ciente da importância como sapo
Que não virou o príncipe do reino
Mas botou a princesa do seu lado
Atropelando todos os opositores
Calando até os grandes faladores
Por carta mal dada está enrolado.

Por conta dos tratos e contratos
E precisando de tempo e espaço
Jogou abertamente em contatos
De todos os níveis de hierarquia
Das altas ou das baixas saparias
Para manter-se com alto status.

E um dia a história nem saberá
Que amealhou muitas riquezas
Que nenhuma memória saberá
Que sapo era escorpião biônico
O amor pela princesa platônico
E no BRejal cansou de mandar.


“ Qualquer semelhança com fatos acontecidos são meras
coincidência”.
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