Era uma vez uma criança infeliz que vivia presa à cama, pois suas perninhas não se moviam.
Quando escutava os gritos das crianças brincando na rua chorava, pensava que era a pessoa mais triste do mundo, porque não podia andar como as outras e brincar na neve fazendo bonecos.
Vivia assim a lamentar sua sina.
Um dia, véspera do Natal, chegou em sua casa Engel, sua priminha, uma menina da sua idade (7 anos), veio para o Natal.
Quando elas se olharam uma mútua simpatia surgiu entre elas.
Engel perguntou a Camila o que foi com suas perninhas.
Camila então falou:
- Tive paralisia infantil e minhas perninhas perderam o movimento, hoje não posso caminhar como a maioria das crianças, só com uma muleta. Sonho em ir brincar na neve como as outras e não posso.
- Engel ficou com muita pena de Camila. Pensou, pensou, pensou e teve uma idéia que achou brilhante.
- Já sei! Daremos um jeito nisso, você poderá fazer seu boneco de neve sim e eu a ajudarei.
- Como?! Perguntou Camila.
- Espere e verá!
Disse e saiu apressada do quarto de Camila. Passaram-se alguns minutos e entra Engel toda afogueada.
-Olha o que consegui para você Camila. - Disse toda feliz! E apontava para uma cadeira de rodas.
- Camila sem entender direito o que Engel queria com aquela cadeira olhava a cena boquiaberta. Logo adentrou o quarto a mãe de Engel e Camila e a ajudaram a se agasalhar e a colocá-la na cadeira de rodas. Juntos seguiram para o jardim todo branco pela neve.
- Camila chorava de felicidade por sentir os flocos de neve caindo em suas bochechas rosadas e chorava de felicidade. Tocava os flocos frios e começou a fabricar seu primeiro boneco de neve.
Qual não foi sua surpresa quando olhou para um canto do jardim e lá estava lindamente decorada na varanda uma mesa com a ceia do Natal.
Feliz da vida Camila abraça Engel, sua adorada priminha que fez de seu Natal, um Natal diferente. E felizes todos cearam ali na varanda, enquanto Camila jogava com Engel bolas de neve.
Pela primeira vez Camila pode perceber que ser deficiente não a tornava diferente de ninguém e que poderia brincar e sorrir como as demais crianças.
Enfim, podia ser feliz, que a diferença não estava nas pernas. A real diferença se percebia no coração!
20/11/02
Vanderli Medeiros ((*_*))flor
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