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Cordel-->O AMOR QUE MATA -- 12/08/2014 - 10:30 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O AMOR QUE MATA


Foi esse o fio que se esgarçou
E com o tempo chegou o mal
Que por encontrá-lo já torto
Achou com o direito e normal
Em tê-lo achado já moribundo
Desferir bem a pancada fatal.

Foi até mais que uma pancada
Pois foi como cobrança devida
De quem não se sabia ao certo
Que como no desgaste é sabida
Que honra e falta de vergonha
Costumam até levar uma vida.

E até muito mais que dezenove
Pois no alvo é até um com mais
Por vidas que lhe são agregadas
Pelo afeto e conjunções carnais
E pelos que surgiram bem antes
Mais pela forma são tão iguais.

E famílias seguem cambaleantes
Nas rotas que a vida vai levando
Nas cabeças baixas pelos sustos
Que suas carcaças vão tomando
Do amor pela cobiça e fraqueza
E ao avesso, vidas vão ceifando.

E qual a razão de ódio ao amor
De quem mata por tanto amar?
Será por cobiça do mais querer
Ou por fraqueza de não ganhar
O que quer e do jeito que quer
Que só assim que vai suportar?

Não que o amor não é doença
E nem tampouco é uma fadiga
Por ser alento e por promissor
É combustível próprio da vida
É o sentido melhor da chegada
E sentido bem pior da partida.

O amor vindo de Jesus é Deus
O desamor só vem de satanás
Como o marido ou namorado
Quando mata é um ferrabrás
A mulher que assim procede
De amor nunca foi uma capaz.

Pois no meio que tenha vivido
Não lhe foi permitido aprender
As nuances possíveis do amor
Nem variações a compreender
Em todas as suas possibilidades
Que é no amor a arte de viver.

Ou até mesmo não teve saber
Para entender lições aplicadas
Ou o emburrecimento natural
De jovem amante de burradas
Que insiste nas suas loucuras
Para defender suas mancadas.

São essas que perdem bastante
Às vezes até perdem a liberdade
Pois no desejo de matar o amor
Tacam fogo em sua propriedade
Com ele dentro com seus sonhos
E ela de fora com a sua maldade.

Maldade que não traduz o amor
Nem a relevância ao bem querer
Que mesmo pela simpatia a flor
Desabrocha plena num renascer
No chão mais tórrido do mundo
Plena no aroma, na cor, em ser.

Quando você recebe um amor
Pela felicidade faz uma canção
E se por acaso perde esse amor
Faça então mais bonita canção
Mas quando ela volta você faz
Mais uma em forma de oração.

Que amor é sempre bem vindo
Desamor ninguém vai esperar
Pois vem acompanhado da dor
Trazendo a Coisa Ruim pra cá
Por isso bom largar esse trem
Não deixar seu mundo acabar.

A mulher recebendo um amor
Que até já foi de outra mulher
E que lhe deixou uma bela flor
Por ciúme e ganância e má fé
Só deixou sossegada sua gana
Quando conseguiu cortar o pé.

Por conta de um amor perdido
Quando um homem fica irado
A ponto de eliminar uma vida
Não aceita e fica transtornado
Que lhe fez feliz e era querida
Deixando um sonho acabado.

Outro joga uma filha da janela
Outro empurra uma no metrô
Para que o trem acabe com ela
E a covardia chega ao extremo
Da maldade dum terrível demo
Que não aceita só as parcelas...

Ele quer tudo quando facilitado
Num país que vota em banido
Para que ele seja representado
Em sua representação política
E numa moral cívica raquítica
Com que tem se acostumado.

E ele faz uma festa de arromba
Que as leis nem sempre pegam
Até o defensor delas se compra
Como se compra o mais querer
E tudo o que se precisar se ter
Que aqui se não der se toma.

A traição aqui é prato principal
Muito além dos políticos atuais
Pois do amor é um fato normal
Nas famílias já é muito comum
E de pródigo não tem nenhum
Que se alguém volta é anormal.

É o avesso do avesso por aqui
Que até um coração sem vez
Morre no enfarto que surgir
À porta do melhor hospital
Que nem isso vai fazer mal
Se o segurança não permitir.

E até de sua culpa é eximido
Por ter cumprido um ordem
Sendo laureado como amigo
Dedicado de sua corporação
A quem dedica com atenção
Vigilância a suposto inimigo.

Sentado em um acostamento
Um velho via pessoas partindo
Até sem lenços e documentos
Ao perguntar das que ficaram
Disseram: umas se entocaram
Outras esperavam seu tempo.

Ele então perguntou do amor
Que maltrapilho desgastava
A sua imagem e o seu sentido
E até a sua cor já desbotava
Pois é o amor daquela cidade
Que fazia sofrer e até matava.


FIM



“O que mais me preocupa é a carência de amor, de entendimento e perseverança. O mecanismo do nosso tempo separa os homens, reduz as possibilidades do encontro e, com isso, generaliza-se cada vez mais a indiferença de um pela dor do outro. Prevalecem os antagonismos e prepondera a crueldade.”

BARBOZA LEITE

1920-1996
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