Ao falar-me de ti, vou te entendendo, percorrendo e desvendando tua vida num cenário de luar pálido sobre a suavidade da brisa que acende minhas veleidades pacíficas e ternas...
Ao falar-me de ti sinto na alma que antes de vir ao meu encontro, adivinhei que ninguém te beijou ou tocou teu corpo, senão o vento que te acaricia e se vai levando alegria, sem deixar vestígios, ou por ter-te tocado em vão seu vulto alvo e puro...
Ao falar-me de ti vejo um semblante tranqüilo na suavidade da generosidade que me toma em seus braços e mãos.; e com a face rosada, onde me encontro em sua boca ávida de ternura e desejos, e que não fora tocada antes dos meus olhos de mendigo...
Ao falar-me de ti vejo que está nua de preconceitos e confia no meu julgamento ao fitar-me com teus olhos mansos e esperançosos, sem novelos, sem ciladas de almas em dobras de tecidos, então descortino o destino em nossos encontros...
Ao falar-me de ti vejo uma criança correndo no campo e entre arvores sem maldade e no remanso da relva se deita na espera da minha altivez em te fazer mulher feliz por ter encontrado o verdadeiro e último amor...
Ao falar-me de ti, porque te amo tanto e nasci para te seguir em cada momento da tua vida e como escrava dedicar cada segundo para adorar-te e para desejar-te toda felicidade enfim...
Gosto quando me falas de ti e sem pronunciar palavras, deixa os sussurros e os nossos olhos falar por nós...