163 usuários online |
| |
|
Artigos-->Revorta -- 02/03/2001 - 11:41 (Marcus Venicius) |
|
|
| |
Nunca mais vi Severina
Maria da Conceição
cum aquele jeito sovina,
cum aqueles ôio pidão,
cum um rebolado macío
carregando água do rio
prá casa do meu patrão...
A lata chêa ficava
assentada na rudia,
inquanto os pingo pingava
moiando intêro a Maria...
E o vistido si apregava
no coipo que balançava
mode o frio qui fazia...
E a gente ontonce iscundia
nos pé de carrapatêra
mode vê a maravia
qui tinha in sua trazêra:
dois caçuá imendado
qui carregava os pecado
di quem pensava bestêra...
Nos lugá qui ela pisava
ficava a máica no chão...
As vez inté eu pensava
qui essa sua aparição
tinha coisa di visagi,
purque tirava a coragi
de cumprí nossa intenção...
E era aquêle rebuliço
no meio da mininada...
Oiando tá disperdíço
passiando pula istrada,
quem num sintisse agunia,
passava um montão de dia
cum a vida aperriada...
Qui farta faz Sivirina
nas terra do meu sertão !
Sordade qui num termina
cá dentro do coração,
ciúme, inveja, trumento,
raiva do cabra nojento
qui carregô Cunceição...
|
|