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Cordel-->BARBOZA LEITE NO RASTRO DOS CORDELISTAS -- 24/09/2014 - 09:28 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
BARBOZA LEITE
NO RASTRO DOS CORDELISTA

Ele foi um homem de Uruóca
Como os das cidades do Ceará
Que nunca deixam suas raízes
Nem de suas aventuras contar
Mesmo das que não ousaram
Como as difíceis de acreditar.

Barboza Leite foi um contador
Pelo sangue rubro nordestino
Pelas avalanches dos registros
E ‘casos’ que apuraram o tino
Do garoto que ao sair de casa
Segurou as rédeas do destino.

De Uruóca saiu para Fortaleza
Escala antes do Rio de Janeiro
O menino dava início sua saga
Até ao seu destino derradeiro
Na cidade de Duque de Caxias
E nos cordéis foi dos primeiros.

Aí, o sangue poeta borbulhara
Nos seus primeiros rascunhos
Declamando a sua enamorada
Nos versos do próprio punho
Alegrias de um encantamento
E que dava o seu testemunho.

E assim vieram os seus cordéis
Verdadeira História da Cidade
De Duque de Caxias e também
Do que lhe dava perplexidade
E que era a sua Grande Feira
Cheia de garbo e propriedade.

Da cidade cearense de Uruóca
Onde deu os primeiros passos
O Xico de lá e a dona Mundica
Foi um desafio de tirar pedaço
E seu folheto A Arte do Cordel
Já lhe dava régua e compasso.

Em Herói dos Verde Mares,
Francisco Nascimento falou
Pelos versos da luta do herói
Que só pela liberdade lutou
E nas jangadas lá pelo Ceará
Libertava escravos do sinhô.

Embora uma ave de arribação
Como instinto e oportunidade
O cearense mesmo um nômade
Nunca esquece a antiga cidade
Onde nos seus primeiros passos
Já esboça sonhos e felicidade.

Mesmo que por longo tempo
Em sua nova cidade escolhida
E em atividades diferenciadas
Até noutra tarefa pretendida
Retorna as veredas passadas
Dando o rumo variado na vida.

Um deles, a literatura de cordel
E pela presença de nordestinos
Tão imensa na sua nova cidade
Foi como premeditado destino
Que não se fazendo de rogado
A fez, e não cometeu desatino.

Nesse campo fértil para poesia
Acalorado por um tecido social
Tão mesclado de tensões sutis
Fartas num contexto nacional
A literatura de cordel encontra
Um espaço generoso e natural.

E na nossa baixada fluminense
O cordel muito tem florescido
E jovens como Claudio Aragão
Cícero do Maranhão aguerrido
E Eldemar, o cordelista bissexto
Fazem fileira ao Azulão, amigo.

Nos rastros de Leandro Gomes
De Gonçalo Ferreira e Patativa
O cordel nas fendas da Baixada
Tem muitos cordelistas na ativa
E dos rumos do Barboza Leite
Esse é uma tradição bem viva.

O cordel Mansão da Esperança
É tributo ao Ademar Constant
Esse grande líder espiritualista
Que não permitiu que fosse vã
A sua gratidão aos mais antigos
Hoje, pelos seus iguais amanhã.

Vote e Meta o seu voto na urna
Para ninguém decidir por você
E Não meta a mão em Cumbuca
Que você bem já sabe escolher
E sempre atual em democracia
Isso você bem que já sabe saber.

O jumento ganhou uma estátua
E essa foi uma grande correção
A égua de aço das motocicletas
Já sendo usada até como lotação
Estão esquecendo que jumento
No nordeste foi grande salvação.

Servindo a todo tipo de serviço
Tanto na roça como na cidade
Fazia o trabalho com precisão
E só não gostava de velocidade
Que pressa não dar a perfeição
A quem trabalha de verdade.

A Guerra de Canudos foi mote
Que desenvolveu com o brilho
Que só um escritor nordestino
Consegue escrever com estilo
Próprio dos poetas sertanejos
Sem ter passado sente aquilo.

Antonho Sete Vidas e sua saga
E de Chico Já Teve a sua glória
Garrincha, um ídolo do futebol
De Arnaldo Niskier, sua história
São cordéis como os da cidade
Que fazem parte da memória.

E o poeta que canta sua aldeia
Cantará as que um dia passou
E pelas que bem o encantaram
Mas certamente a que adotou
Nessa fará sua obra mais bela
Pois foi essa a que mais amou.

Das funções que o cordel tem
Uma é a de levar a informação
No jeito simpático que o leitor
Sinta-se gratificado na expiação
Ao assunto que lhe foi oferecido
E que dedicou sua boa atenção.

Na Duque de Caxias que adotou
Nesse rumo cordelista a intenção
Era falar da cidade e suas raízes
E como dessas há forte tradição
Nordestina nesse tipo de leitura
O mestre não poderia abrir mão.

Ao nos orientarmos pelo mestre
Como um doceiro a seu confeite
Temos ofertado nossos cordéis
Para as suas reflexões ou deleite
Agradecidos de sua boa atenção
Dando “bravo” a Barboza Leite.
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