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Cordel-->O PIB DO BRASIL É DEPLORÁVEL -- 24/09/2014 - 09:44 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O PIB DO BRASIL É DEPLORÁVEL

A qualquer tipo de compromisso
Estar sempre chegando atrasado
E mesmo sendo do seu interesse
Ou tenha sido por ele combinado
Parece que fica mais importante
Não chegar no horário marcado.
E se lixando pelo horário alheio
Inicia o caos na escala do tempo
Atrasando primeiros e pontuais
Que não deram consentimento
Para que um constrangedor PIB
Tenha estranho comportamento.

Que no ônibus até fingi dormir
Com a aproximação dos idosos
Se uma mulher com embrulhos
Aproxima-se a suar pelos poros
O PIB logo que entra em pânico
Já começa com roncos sonoros.

E nos estacionamentos abusam
Parando nas vagas reservadas
Desde as de clientes deficientes
Quanto nas faixas demarcadas
Indicando o uso para pedestres
Que são exclusivas e liberadas.

Nos semáforos eles esbanjam
Um daltonismo já bem latente
Ao desejo de passar no verde
Mesmo que vermelho acende
Que ao PIB tá tudo misturado
E decisão é impulso da gente.

O verde já estando iluminado
E quem manda é o acelerador
Sai da frente que o carro voa
Basta o desejo deste condutor
Que por ser bom filho de PIB
É descomprometido com dor.

Na questão das cores é feroz
Se o amarelo reserva o lugar
Que o idoso tem por direito
O PIB corre logo para ocupar
Fingindo distração daltônica
Às vezes se põe a cantarolar.

Nas filas ele não tem medida
E nada o constrange de furar
Mesmo que seja mais jovem
Que o mais jovem a esperar
Arranja sempre melhor jeito
De a outros logo ultrapassar.

Não gosta de parecer pobre
E só compra o melhor carro
Ou o carro bem mais vistoso
Que em geral é o mais caro
Embora não tenha dinheiro
O que neste caso não é raro.

Ele sempre arruma um jeito
De empurrar uma prestação
No meio de dívidas abertas
Que nas quinas da inflação
Com cálculos até esotéricos
Consegue arrumar solução.

Pra bem dizer ele é perfeito
Pois nunca passa um sufoco
Sempre encontra alternativa
Parece até que nasceu torto
Pra não precisar ficar direito
Num aperto se finge morto.

Só dirige pelo acostamento
E pra chegar logo na frente
Ele não liga para os limites
Anda de velocidade quente
E ao desprezar os radares
Despreza os sinais e gente.

Esse é um PIB muito feroz
Que até precisava de arreio
Seu carro tá sempre batido
Mal conservado sujo e feio
Queimando óleo do motor
E mesmo até sem os freios.

E outro que é mal educado
E extremamente ignorante
É aquele que quando chega
Iça a tampa de alto-falantes
E começa num volume alto
Tocando sons dissonantes.

Não cumprimentava preto
E a pobre nem dava a mão
Depois de muito protestar
Os éticos lhe deram lição
Mas nascendo lantejoula
Nunca vai virar ouro não.

É como disse o candidato
Ao governo de um estado
Em prestação de serviços
Por um crime condenado
Que a justiça o entendeu
Ao povo faz com agrado.

Talvez seja o Rei dos PIB
E no Brasil isso é massa
Como dizem os baianos
Aos PIB que por lá passa
E os que no nosso estado
Costumam sentar praça.

No nosso sistema político
O PIB faz uma baita festa
Que candidato ficha suja
Em tempo algum contesta
Bem mais ágil no gatilho
Concordando logo atesta.

E tem até o PIB doméstico
Criando caos dentro do lar
Na desordem estabelecida
Por todo lugar que passar
Vai deixando sua bagunça
Pelas coisas fora de lugar.

Em sua eterna boçalidade
Deixa as coisas dispersas
Logo outros que arrume
Pois ele está com pressa
Coisa de mulher não faz
E na mulher é vice-versa.

Até o tempo de um PIB
Vale como ouro olímpico
Pois que é um premiado
E pela vida é um atípico
Gosta de contar lorotas
Pondo-se como o cínico.

E sempre faz promessas
As mesmas já repetidas
Até no mesmo formato
Pois não são cumpridas
São caminhos sem volta
São caminhos só de idas.

Esse é o PIB na política
Querendo um cantinho
Em uma casa legislativa
Sendo seu quadradinho
Para depois que eleito
Usa e abusa quietinho.

Às vezes acontece furo
Nas canoas que boiam
Nos tetos que abrigam
Nos iates que navegam
Com a delação premiada
Do PIB que boicotaram.
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