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Contos-->ÁGUAS-VIDA -- 18/11/2005 - 22:12 (Luiz Antonio Perilo Velloso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

                                           ÁGUAS-VIDA


 Luiz Antonio Perilo Velloso


 


 


 ... me encantei tanto, a ponto de retardar a despedida...


 




Nasci do ventre de uma montanha, num dia de muito sol. Era uma tênue lâmina d`água mas, à medida em que afastava do colo de minha mãe, sentia minhas águas incharem.E, assim, pequeno e apavorado, comecei a lançar meus pequenos braços na empreitada de abrir caminhos.


Mais tarde, já me sentindo mais seguro, conheci novas impressões. Vi muitas paisagens e, confesso que, por muitas me encantei tanto, a ponto de, dobrando-me por curvas desnecessárias, tentar retardar a despedida.Mas, rio que nasci, tinha que seguir meu curso. Sabia que muitas outras paisagens e passagens ainda veria. Também das novas luzes e novas sombras. Que cruzaria o dia e a noite, também. Previa os pesos e alívios, os rasos e profundos, os secos e alagados...


Muitas vezes pensei ser rei e me vi apenas espada. Outras tantas julguei-me espada e vi-me um rei sem espada. Apesar das incertezas, já alimentava um grande sonho: tornar-me um rio de extensas águas, com uma enorme margem. Já ouvira falar de rios assim e queria ser um deles. Sonho e temores.Afinal, teria que aceitar pequenos riachos e pobres águas paradas fazendo parte de mim.Além disso,teria de superar pedras enormes que via à minha frente e poderiam me represar. Pior ainda, outros rios que, como eu, seguiam seus cursos e, provavelmente tentariam interromper o meu.


Já há algum tempo venho observando um rio que, gradativamente, se aproxima de mim. Pela voz, forte e imponente, me deixa a impressão de querer tomar-me em suas águas. Em vão, tento modificar meu curso, temendo o encontro. E, agora, poucos metros nos distanciam e percebo-lhe tranquilidade e simpatia na voz. Quase um eco da minha voz.Quanto a distância distorceu minha percepção! O que julguei arrogância e intimidação, na realidade fora um grito de dor aoquebrar-se de uma enorme queda, vencer as pedras e abrir seu curso que, à custa de muito sofrimento ele conseguiu ultrapassarAcabo de estender-lhe um de meus braços e o mesdmo ele faz. E, assim, nos fazemos a mesma proposta: unirmos nossas águas. Dessa forma. seremos grandes mais depressa. Assim, também, mais rápido chegaremos ao


MAR.

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