Prezado João
Desconheço os motivos que o levam a odiar o fumo... Sejam quais forem, esses motivos, respeito-os. Agora, o que me incomoda é essa "implicância" com os que optaram pelo fumo!
Todo "ser" fumante sabe que o uso do cigarro tem seu lado ruim mas nada há que dê mais prazer do que uma boa baforada. Para alguns o cigarro é companheiro, é bálsamo nos momentos de sofrimento e indispensável nos momentos de criação.
Tenho 61 anos, fumo há 47 (três maços de hollywood por dia) e sou considerada pelos médicos como uma pessoa de saúde invejável. Meu colesterol nunca passou da taxa normal, meu coração está como o de quem não fuma, meu pulmão não é mais tão rosado mas ainda conserva 75% de sua capacidade, e - excetuando 3 cesarianas e um apendicite aos 15 anos - nunca fui hospitalizada... enfim, ou sou um fenômeno ou o cigarro não é tudo de mal que se propaga.
E, ainda que fosse, ninguém obriga ninguém a fumar. Fuma quem quer.. e pode – não fuma quem não quer e... não pode. Assim como quem não fuma, morre-se quando têm-se que morrer. Se tivemos dia certo para chegar, por certo, teremos dia certo para partir. Bom seria se cada qual vivesse sua vida com suas opções sem se sentir agredido por preconceitos e lições de vida.
Não conheço o autor da obra “como deixar de fumar sem engordar” mas, se ele está certo em suas contas, devo ser o “fantasminha camarada”... estou morta há anos e nem percebi!
Portanto, deixemos os fumantes em paz! A prática do respeito, esta sim deve ser propagada... respeito pela criança, pelo idoso, pelo “diferente”, pelo fumante e até mesmo pelos anti-tabagistas de plantão.
Respeitosas baforadas
Vera Regina
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