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Cordel-->OS RIOS VOADORES -- 10/10/2014 - 14:13 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OS RIOS VOADORES

Os pescadores até conhecem
Por serem bons profissionais
E que as suas próprias vidas
Dependem bem desses sinais
Não saber e não conhecê-los
Até pode ser que sejam fatais.

São sinais que vindo do céu
É o aviso que tá devolvendo
O que antes subiu bem alto
E até andou se escondendo
Mas um dia terá que descer
Quando chegar o momento.

Ás vezes são sinais ruidosos
Acompanhados por estalidos
Que chegam tão de repente
Que nem se encontra abrigo
Pois logo o que desce do céu
Parece mais até ser castigo.

Muitas vezes são silenciosos
Que até é difícil se perceber
O que representam os sinais
E o que estão querendo dizer
Aí é preciso de muito estudo
Para se tentar compreender.

De modo geral um pescador
O ambulante, o barraqueiro
Ou mesmo o “rato de praia”
E até famosos quiosqueiros
Já conhecem esses códigos
Como os sábios timoneiros.

É conhecimento adquirido
Pelo tempo de observação
A vontade de ser o sucesso
O exercício de sua profissão
E a fase que aprendizagem
É mesmo a contemplação.

Quando vento manda sinal
Se alguém fala ser sudoeste
Logo a chuva é uma certeza
E não é se for o de nordeste
Mas o de leste deixa dúvida
De sul é que menos aquece.

O certo é como diz o amigo
Que um vento que venta lá
Pode até fazer umas curvas
E bem depois vir ventar cá
Ou quem sabe virar a brisa
Só pra cabelo desmanchar.

O vento é ar em movimento
Isso todo mundo é sabedor
Como sabe que porta aberta
Com outra em um corredor
Forma um vento canalizado
Que vai fazer frio ou calor.

Pois o ar vai se deslocando
A diferença de temperatura
Trazendo tudo que contém
Em seu bojo e sua estrutura
Também pode sair levando
Quase tudo à mesma altura.

E nos caminhos desse vento
Tudo que for possível levar
Em algum lugar do caminho
Bem logo terá de dispensar
Deixando cair lá das alturas
Para encontrar outro lugar.

Na caminhada desse vento
Muitas são as topografias
Determinando a passagem
E até a própria cartografia
Nomeando seus acidentes
Com apropriada ortografia.

Sendo com e pelo tempo
O vento forma uma trilha
E que molda á sua feição
Como se fosse uma filha
Ou um cão responsável
Mantendo a sua matilha.

Com o passar desse tempo
O percurso vai estabelecer
Numa corrente já contínua
E para levar ou para trazer
Sobre o que este despejar
Modos de vida e de viver.

Em uma floresta brasileira
Localizada no país ao norte
Com uma riqueza florestal
Que poderá ser a sua sorte
Ou pela irresponsabilidade
Poderá vir a ser sua morte.

Pois na Floresta Amazônica
É onde se forma muita vida
Nos outros rincões do país
Pelas águas que recolhidas
Na transpiração das folhas
Pelo vento são transferidas.

São chamados rios aéreos
Ou mesmo rios voadores
E a evaporação de águas
Nos céus são os coletores
Que no dorso dos ventos
As levam por corredores.

Que como calhas no céu
O vento como transporte
Traz pra despejar no Sul
Essa riqueza lá do Norte
Que em nossas regiões
Tem trazido muita sorte.

A Cordilheira dos Andes
Como anteparo natural
Que formando paredão
É um outro lado do canal
Que faz que o rio voador
Tenha o caráter especial.

O sol traz o seu maçarico
A floresta a transpiração
E pela carona dos ventos
Vai completando a ação
De trazer água de longe
Para uma parte da nação.

Assim são os mananciais
Da região centro-oeste
Como também a do sul
E a povoada do sudeste
São irrigados à vontade
Com água que se preste.

Mas com desmatamento
Da Amazônia, alucinante
Hoje até mais provocado
Pelos nossos governantes
A tragédia que anunciada
É percebida no horizonte.

Em duas áreas brasileiras
O início da desertificação
Pois destruindo a floreta
Não há sua transpiração
E nem nos rios voadores
Existe água por captação.

Pelo que já se desmatou
Até se dar para perceber
E no Estado de São Paulo
Já falta água para beber
No Rio e nas adjacências
Começa a faltar pra viver.
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