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Textos_Religiosos-->Conferência de Aparecida - Final -- 01/06/2007 - 15:40 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
--- Conferência de Aparecida ---

Aos pés de Nossa Senhora Aparecida, bispos agradecem pela Quinta Conferência


APARECIDA, quinta-feira, 31 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Aos pés da Virgem morena de Aparecida, símbolo da fé mariana brasileira e da comunhão de etnias e culturas na terra de Santa Cruz, os bispos e participantes da Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe entregaram esta quinta-feira suas alegrias e esperanças com a realização da grande reunião eclesial.

Foram 18 dias de encontro no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida (170km de São Paulo). 266 participantes, sendo 162 bispos, de 42 países, oraram, estudaram e redimensionaram os caminhos pastorais da Igreja na América Latina nos próximos anos.

Fruto do esforço das longas jornadas de trabalho foi o Documento Conclusivo da Conferência, um texto de cerca de 100 páginas, com 10 capítulos, que analisa a realidade latino-americana hoje, traça os itinerários do despertar e formar discípulos de Jesus Cristo, e os alenta à missão de solidariedade entre os irmãos.

O texto, aprovado oficialmente na última sessão da Conferência, na manhã desta quinta-feira, com 127 votos a favor, 2 contra e 1 em branco, dos bispos delegados presentes no Santuário de Aparecida, será agora entregue ao Papa para aprovação. Depois da bênção do pontífice chegará às mãos dos fiéis e Igrejas particulares, para implantação de suas orientações pastorais.

Na missa conclusiva da Quinta Conferência, celebrada na Basílica de Aparecida junto a milhares de peregrinos nesta manhã, os bispos não esconderam sua emoção após terem vivido momentos de «fervente oração, fraternidade e comunhão afetiva», como eles mesmos contam em uma mensagem conclusiva dirigida aos povos da América Latina.

O presidente da celebração, cardeal Francisco Javier Errázuriz Ossa, arcebispo de Santiago do Chile e presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), agradeceu a quantos ajudaram a organizar e realizar o evento latino-americano.

«Partiremos com nostalgia e com uma indizível gratidão. Como não louvar a Deus pelo ambiente de oração e de fraternidade, pelas contribuições da sabedoria e da experiência de cada irmão e de cada irmã, pelas inspirações recebidas do Espírito Santo, pela proximidade dos inumeráveis peregrinos, e pela admirável resposta de todo um povo ao amor generoso de sua Mãe e Padroeira Aparecida?», disse o cardeal ao início da celebração.

Já na sessão de encerramento da Quinta Conferência, antes da missa, o cardeal Giovanni Battista Re, prefeito da Congregação para os Bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, expressara seu contentamento.

«Foram belos dias, cheios de alegria. Posso dizer-lhes que me satisfez muito o clima de cordialidade, de confiança e de liberdade que reinou durante esses dias. Permanecerão como algo inesquecível também as esplêndidas celebrações litúrgicas. A presença de incontáveis peregrinos no Santuário de Aparecida, cheios de fé, foi para todos nós motivo de alento e de esperança», disse.

No encerramento da missa, os presidentes das 22 Conferências Episcopais entraram novamente na Basílica ao lado das bandeiras de cada país. Outras 20 bandeiras de países representados na Quinta Conferência mas não integrantes do Conselho Episcopal Latino-Americano, com o Itália, Canadá, Espanha, EUA, entre outros, assinalavam a amplitude da assembléia.

Após a benção final do cardeal Errázuriz, os bispos e participantes da reunião eclesial saíram da Basílica por um caminho diferente do que costumavam utilizar na liturgia diária celebrada antes dos trabalhos.

Encaminharam-se aos pés da imagem de Nossa Senhora Aparecida e ali depositaram seu agradecimento e sua esperança de que a Quinta Conferência seja um novo impulso a formar «discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que n’Ele nossos povos tenham vida», tema do grande evento eclesial.
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Conferência de Aparecida conclui convocando grande missão continental


APARECIDA, quinta-feira, 31 de maio de 2007 (ZENIT.org).- A V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe terminou nesta quinta-feira convocando uma grande missão continental que quer «abraçar» os habitantes de todo o continente «para transmitir-lhes o amor de Deus e o nosso».

«Será um novo Pentecostes que nos impulsione a ir, de modo especial, em busca dos católicos afastados e dos que pouco ou nada conhecem Jesus Cristo», assinala a «Mensagem Final», dada a conhecer na sessão de encerramento.

O texto foi lido pelo cardeal Julio Terrazas Sandoval CSSR, arcebispo de Santa Cruz (Bolívia).

A grande missão continental terá como agentes as dioceses e os episcopados, e seus detalhes serão analisados na reunião de presidências episcopais do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) que se celebrará no mês de julho em Havana (Cuba).

«Com firmeza e decisão continuaremos exercendo a nossa tarefa profética discernindo onde está o caminho da verdade e da vida. Levantando a nossa voz nos espaços sociais dos nossos povos e cidades, especialmente a favor dos excluídos da sociedade», afirmam os bispos participantes na Conferência Geral.

Após reafirmar sua opção preferencial e evangélica pelos pobres, os bispos se comprometem a defender os mais fracos, especialmente as crianças, enfermos, deficientes, jovens em situações de risco, idosos, presos e migrantes.

Dirigem, desta forma, uma palavra especial aos povos indígenas e convocam todas as forças vivas da sociedade a «cuidar de nossa casa comum, a terra, ameaçada de destruição».

«Queremos favorecer um desenvolvimento humano e sustentável, baseado na justa distribuição das riquezas e na comunhão dos bens entre todos os povos», acrescenta a mensagem, ao mesmo tempo em que promove condições de vida digna (alimentação, educação, moradia e trabalho) para todos.

Também convida a combater os males que ferem ou destroem a vida, como o aborto, as guerras, o seqüestro, a violência armada, a corrupção, o terrorismo, a exploração sexual e o narcotráfico; a defender a verdade e a velar pelo inviolável e sagrado direito à vida e à dignidade da pessoa humana, desde sua concepção até sua morte natural.

Ao terminar esta V Conferência, que foi inaugurada por Bento XVI em 13 de maio, os pastores anunciam: «Assumimos o desafio de trabalhar para dar um novo impulso e vigor à nossa missão em e a partir da América Latina e Caribe».

Ante os desafios que propõe esta nova época, a V Conferência renovou sua fé, proclamando que Jesus é o caminho «que nos permite descobrir a verdade e alcançar a plena realização de nossa vida» e que «nossa maior alegria é ser seus discípulos».

«O chamado a ser discípulos-missionários exige de nós uma decisão clara por Jesus e seu Evangelho, coerência entre a fé e a vida, encarnação dos valores do Reino, inserção na comunidade, e ser sinal de contradição e novidade em um mundo que promove o consumismo e desfigura os valores que dignificam o ser humano. Em um mundo que se fecha ao Deus do amor, somos uma comunidade de amor, não do mundo, mas no mundo e para o mundo!», afirma a Mensagem.

Os bispos se propõem a reforçar a presença e proximidade da Igreja. «Estamos chamados a ser Igreja de braços abertos, que sabe acolher e valorizar cada um de seus membros. (...) Convidamos a dedicar mais tempo a cada pessoa, escutá-la, estar ao seu lado nos seus acontecimentos importantes e ajudar a buscar com ela as respostas às suas necessidades. Façamos que todos, ao ser valorizados, possam sentir-se na Igreja como em sua própria casa».

Do mesmo modo, os bispos convidam a tornar visível o amor e solidariedade fraterna e a promover o diálogo com os diferentes atores sociais e religiosos. «Queremos abraçar todo o continente para transmitir-lhe o amor de Deus e o nosso. Desejamos que este abraço alcance também o mundo inteiro», conclui a Mensagem, confiando a Nossa Senhora Aparecida e a Nossa Senhora de Guadalupe o novo impulso que brota a partir de hoje em toda a América Latina e no Caribe, sob o sopro do novo Pentecostes para a nossa Igreja.

«Jesus convida todos a participar de sua missão. Que ninguém fique de braços cruzados», manifestam os bispos, ao sintetizar sua esperança na frase final de sua mensagem: «Que este Continente da esperança seja também o Continente do amor, da vida e da paz!».

ZP07053109

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«Extraordinária experiência de Igreja», diz leiga
Dra. Ana María Fons Martín testemunhou ante os bispos suas impressões do evento

APARECIDA, quinta-feira, 31 de maio de 2007 (ZENIT.org).- A Dra. Ana María Fons Martín, Diretora Nacional de Leigos e Responsável pela Seção de Formação da CEV (Conferência Episcopal Venezuelana), resumiu em uma expressão sua participação na Conferência de Aparecida: «uma extraordinária experiência de Igreja».

Perita na Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, a leiga foi convidada a dar testemunho de sua participação no evento, na sessão de encerramento dos trabalhos, esta quinta-feira.

«Esta assembléia nos fez desfrutar de tantos momentos de verdadeira fraternidade, de comunhão profunda, permitindo-nos penetrar na alma de nossas diferentes realidades nacionais e Igrejas particulares», disse.

«Realidades distintas, pluralidade de experiências, alegrias e sofrimentos partilhados à luz da fé. Mas um único desejo comum, encontrar pontos, como Igreja, caminhos que possam fazer que cada vez mais todo homem e toda mulher de nossos povos» «tenham um encontro vital com Cristo».

«Sinto-me edificada e enriquecida pelos não poucos testemunhos de santidade, de caridade, de total entrega a Cristo e à causa do Evangelho que aqui encontrei», confessou a leiga.

Ela afirmou ainda que mais importante que o documento que a Conferência redigiu é a «profunda experiência de comunhão em Cristo», que «seguirá atualizando em nós, ainda que estejamos dispersos, esta profunda vivência de Igreja, que nos impulsionará a manifestar com novo ardor o amor a todos os homens».

Outro a dar seu depoimento ante o plenário foi o pe. Víctor Fernandez, que destacou o novo sopro da Igreja que parte desta Conferência Geral. «As pessoas vão perceber que aqui em Aparecida renasceu a Igreja latino-americana e se pôs novamente em pé», disse.
ZP07053116

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Mensagem da Conferência de Aparecida aos Povos da América Latina e Caribe


APARECIDA, quinta-feira, 31 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Publicamos a Mensagem que a Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe emitiu a estes povos no dia de seu encerramento.



* * *




Reunidos no Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida no Brasil, saudamos no amor do Senhor todo o Povo de Deus e todos os homens e mulheres de boa vontade.

De 13 a 31 de maio de 2007 estivemos reunidos na V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, inaugurada com a presença e a palavra do Santo Padre Bento XVI.

Nos nossos trabalhos, realizados em ambiente de fervente oração, fraternidade e comunhão afetiva, buscamos dar continuidade ao caminho de renovação percorrido pela Igreja católica desde o Concilio Vaticano e nas anteriores quatro Conferências Gerais do Episcopado Latino-americano e do Caribe.

Ao terminar esta V Conferência lhes anunciamos que assumimos o desafio de trabalhar para dar um novo impulso e vigor à nossa missão em e a partir da América Latina e Caribe.

1. Jesus Caminho, Verdade e Vida.
“ Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida ” (Jo 14,6)

Diante dos desafios que nos propõe esta nova época na que estamos imersos, renovamos a nossa fé, proclamando com alegria a todos os homens e mulheres do nosso continente: Somos amados e remidos em Jesus, Filho de Deus, o Ressuscitado vivo no meio de nós; por Ele podemos ser livres do pecado, de toda escravidão e viver em justiça e fraternidade. Jesus é o caminho que nos permite descobrir a verdade e alcançar a plena realização de nossa vida!


2. Chamados ao seguimento de Jesus.
“ Foram, viram onde vivia, e permaneceram com ele ” (Jo 1,39)

O primeiro convite que Jesus faz a toda pessoa que viveu o encontro com Ele é o de ser seu discípulo, para colocar os seus passos sobre as suas pegadas e formar parte da sua comunidade. A nossa maior alegria é ser seus discípulos! Ele chama cada um de nós pelo próprio nome, conhecendo profundamente a nossa história (cf. Jo 10,3), para conviver com Ele e enviar-nos a continuar a sua missão (cf. Mc 3, 14-15).

Sigamos o Senhor Jesus! Discípulo é aquele que, tendo respondido a este chamado, o segue passo a passo pelos caminhos do Evangelho. No seguimento, ouvimos e vemos o acontecer do Reino de Deus, a conversão de cada pessoa, ponto de partida para a transformação da sociedade e se abrem para nós os caminhos da vida eterna. Na escola de Jesus aprendemos uma “vida nova”, dinamizada pelo Espírito Santo e refletida nos valores do Reino.

Identificados com o Mestre, a nossa vida é movida pelo impulso do amor e no serviço aos demais. Este amor implica uma contínua opção e discernimento para seguir o caminho das Bem-aventuranças (cf. Mt 5, 3-12; Lc 6, 20-26). Não temamos a cruz que supõe a fidelidade ao seguimento de Jesus Cristo, pois ela está iluminada pela luz da Ressurreição. Desta forma, como discípulos, abrimos caminhos de vida e esperança para nossos povos que sofrem pelo pecado e por todo tipo de injustiças.

O chamado a ser discípulos-missionários exige de nós uma decisão clara por Jesus e seu Evangelho, coerência entre a fé e a vida, encarnação dos valores do Reino, inserção na comunidade, e ser sinal de contradição e novidade em um mundo que promove o consumismo e desfigura os valores que dignificam o ser humano. Em um mundo que se fecha ao Deus do amor, somos uma comunidade de amor, não do mundo, mas no mundo e para o mundo (cf. Jo 15, 19; 17, 14-16)!

3. O discipulado missionário na pastoral da Igreja
“ Ide e fazei discípulos todos os povos ” (Mt 28,19)

Constatamos como o caminho do discipulado missionário é fonte de renovação da nossa pastoral no Continente e novo ponto de partida para a Nova Evangelização dos nossos povos.

Uma Igreja que se faz discípula

Da parábola do Bom Pastor aprendemos a ser discípulos que se alimentam da Palavra: “As ovelhas o seguem porque conhecem sua voz” (Jo 10,4). Que a Palavra de Vida (cf. Jo 6, 63) saboreada na Leitura Orante e a celebração e vivência do dom da Eucaristia nos transformem e nos revelem a presença viva do Ressuscitado que caminha conosco e atua na história.

Com firmeza e decisão continuaremos exercendo a nossa tarefa profética discernindo onde está o caminho da verdade e da vida. Levantando a nossa voz nos espaços sociais dos nossos povos e cidades, especialmente a favor dos excluídos da sociedade. Queremos estimular a formação de políticos e legisladores cristãos para que contribuam na construção de uma sociedade justa e fraterna, de acordo com os princípios da Doutrina Social da Igreja.

Uma Igreja formadora de discípulos e discípulas

Todos na Igreja estamos chamados a ser discípulos e missionários. É necessário formar-nos e formar todo o Povo de Deus para cumprir com responsabilidade e audácia esta tarefa.

A alegria de ser discípulos e missionários se percebe de modo especial onde fazemos comunidade fraterna. Estamos chamados a ser Igreja de braços abertos, que sabe acolher e valorizar cada um de seus membros. Por isso, alentamos os esforços que são feitos nas paróquias para ser “casa e escola de comunhão”, animando e formando pequenas comunidades e comunidades eclesiais de base, assim como nas associações de leigos, movimentos eclesiais e novas comunidades.

Propomo-nos reforçar a nossa presença e proximidade. Por isso, em nosso serviço pastoral, convidamos a dedicar mais tempo a cada pessoa, escutá-la, estar ao seu lado nos seus acontecimentos importantes e ajudar a buscar com ela as respostas às suas necessidades. Façamos que todos, ao ser valorizados, possam sentir-se na Igreja como em sua própria casa.

Ao reafirmar o compromisso com a formação de discípulos e missionários, esta Conferência se propôs atender com mais cuidado as etapas do primeiro anúncio, a iniciação cristã e o amadurecimento na fé. A partir do fortalecimento da identidade cristã, ajudemos a cada irmão e irmã a descubrir o serviço que o Senhor lhe pede na Igreja e na sociedade.

Em um mundo sedento de espiritualidade e conscientes da centralidade que ocupa a relação com o Senhor na nossa vida de discípulos, queremos ser uma Igreja que aprende a rezar e ensina a rezar. Uma oração que nasce da vida e do coração e é ponto de partida de celebrações vivas e participativas que animam e alimentam a fé.

4.Discipulado missionário ao serviço da vida
“ Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância ” (Jo 10,10).

Do cenáculo de Aparecida nos dispomos a empreender uma nova etapa de nosso caminhar pastoral declarando-nos em missão permanente . Com o fogo do Espírito vamos inflamar de amor o nosso Continente: “Recebereis a força do Espírito Santo que virá sobre vós, e sereis minhas testemunhas… até os confins da terra” (At 1,8).

Em fidelidade ao mandato missionário

Jesus convida todos a participar de sua missão. Que ninguém fique de braços cruzados. Ser missionário é ser anunciador de Jesus Cristo com criatividade e audácia em todos os lugares onde o Evangelho não foi suficientemente anunciado ou acolhido, especialmente nos ambientes difíceis e esquecidos e além de nossas fronteiras.

Como fermento na massa

Sejamos missionários do Evangelho não só com a palavra, mas principalmente com a nossa própria vida, entregando-a no serviço, inclusive até o martírio.

Jesus começou sua missão formando uma comunidade de discípulos missionários, a Igreja, que é o início do Reino. Sua comunidade também foi parte do seu anúncio. Inseridos na sociedade, façamos visível o nosso amor e solidariedade fraterna (cf. Jo 13,35) e promovamos o diálogo com os diversos atores sociais e religiosos. Em uma sociedade cada vez mais plural, sejamos integradores de forças na construção de um mundo mais justo, reconciliado e solidário.

Servidores da mesa partilhada

As agudas diferenças entre ricos e pobres nos convidam a trabalhar com maior empenho para ser discípulos que sabem partilhar a mesa da vida, mesa de todos os filhos e filhas do Pai, mesa aberta, inclusiva, na qual não falte ninguém. Por isso reafirmamos nossa opção preferencial e evangélica pelos pobres.

Nos comprometemos a defender os mais fracos, especialmente as crianças, os enfermos, os incapacitados, os jovens em situações de risco, os anciões, os presidiários, os migrantes. Velamos pelo respeito ao direito que têm os povos de defender e promover “os valores subjacentes em todos os estratos sociais, especialmente nos povos indígenas” (Bento XVI, Discurso em Guarulhos No. 4). Queremos contribuir para garantir condições de vida digna: saúde, alimentação, educação, moradia e trabalho para todos.

A fidelidade a Jesus exige de nós combater os males que causam dano ou destroem a vida, como o aborto, as guerras, o seqüestro, a violência armada, o terrorismo, a exploração sexual e o narcotráfico.

Convidamos todos os dirigentes de nossas nações a defender a verdade e a velar pelo inviolável e sagrado direito à vida e à dignidade da pessoa humana, da concepção até a morte natural.

Colocamos à disposição de nossos países os esforços pastorais da Igreja para contribuir na promoção de uma cultura da honestidade que repare a raiz das diversas formas de violência, enriquecimento ilícito e corrupção.

Em coerência com o projeto do Pai criador, convocamos todas as forças vivas da sociedade para cuidar da nossa casa comum, a Terra, ameaçada de destruição. Queremos favorecer um desenvolvimento humano e sustentável, baseado na justa distribuição das riquezas e na comunhão dos bens entre todos os povos.

5.Rumo a um continente da vida, do amor e da paz
“Nisto conhecerão todos que são discípulos meus” (Jo 13,35)

Nós, participantes na V Conferência Geral em Aparecida e junto com toda a Igreja “comunidade de amor”, queremos abraçar todo o continente para transmitir-lhe o amor de Deus e o nosso. Desejamos que este abraço alcance também o mundo inteiro.

Ao terminar a Conferência de Aparecida, no vigor do Espírito Santo, convocamos todos os nossos irmãos e irmãs para que, unidos, com entusiasmo, realizemos a Grande Missão Continental. Será um novo Pentecostes que nos impulsione a ir, de modo especial, em busca dos católicos afastados e dos que pouco ou nada conhecem Jesus Cristo, para que formemos com alegria a comunidade de amor do nosso Deus e Pai. Missão que deve chegar a todos, ser permanente e profunda.

Com o fogo do Espírito Santo, avancemos construindo com esperança a nossa história de salvação no caminho da evangelização, tendo em torno a nós tantas testemunhas (cf. Hb 12, 1), que são os mártires, santos e beatos do nosso continente. Com o seu testemunho nos mostraram que a fidelidade vale a pena e é possível até o fim.

Unidos a todo o povo orante, confiamos a Maria, Mãe de Deus e Mãe nossa, primeira discípula e missionária ao serviço da vida, do amor e da paz, invocada sob os títulos de Nossa Senhora Aparecida e de Nossa Senhora de Guadalupe, o novo impulso que brota a partir de hoje em toda a América Latina e Caribe, sob o sopro do novo Pentecostes para a nossa Igreja a partir desta V Conferência que aqui celebramos.

Em Medellín e em Puebla terminamos dizendo: “CREMOS”. Em Aparecida, como o fizemos em Santo Domingo , proclamamos com todas as nossas forças: CREMOS E ESPERAMOS.

Esperamos…

Ser uma Igreja viva, fiel e crível, que se alimenta na Palavra de Deus e na Eucaristia.
Viver o nosso ser cristão com alegria e convicção como discípulos-missionários de Jesus Cristo.
Formar comunidades vivas que alimentem a fé e impulsionem a ação missionária.
Valorizar as diversas organizações eclesiais em espírito de comunhão.
Promover um laicato amadurecido, corresponsável com a missão de anunciar e fazer visível o Reino de Deus.
Impulsionar a participação ativa da mulher na sociedade e na Igreja.
Manter com renovado esforço a nossa opção preferencial e evangélica pelos pobres.
Acompanhar os jovens na sua formação e busca de identidade, vocação e missão, renovando a nossa opção por eles.
Trabalhar com todas as pessoas de boa vontade na construção do Reino.
Fortalecer com audácia a pastoral da família e da vida.
Valorizar e respeitar nossos povos indígenas e afro-descendentes.
Avançar no diálogo ecuménico “para que todos sejam um”, como também no diálogo inter-religioso.
Fazer deste continente um modelo de reconciliação, de justiça e de paz.
Cuidar da criação, casa de todos, em fidelidade ao projeto de Deus.
Colaborar na integração dos povos da América Latina e do Caribe.

Que este Continente da esperança seja também o Continente do amor, da vida e da paz!

Aparecida ­­– Brasil, 29 de maio de 2007.




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