No pesadelo da angústia
Vislumbrei a noite horrenda,
O rancor nos olhos da cobra
Mostrava dor e tormenta.
A águia voava aflita
Com um grito premonitório,
E a serpente da discórdia
Calava o amor com o ódio.
O veneno da maldade
Não permite escolher,
Fere a liberdade,
Prefere matar e morrer.
A águia partia pra longe
Do ódio rastejante,
Fixava os olhos no vento
E sempre seguia adiante.
O produto da inveja
É o veneno intolerante,
Que rasga a carne dos fracos
Com o cálice da morte ofegante.
A águia renascerá
Como a fênix que se refaz,
O sol nasce todo dia
Pra quem sabe viver em paz.
Novo tempo que se abre,
Novo rumo, nova entoada,
A garra da bela ave
É sua defesa e espada.
Com o céu por entre as asas
A águia é uma estrela-guia,
Mas a língua da serpente
Faz da dor sua companhia.
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