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Artigos-->Foras da lei , mas com apoio do Estado -- 27/09/2002 - 23:59 (menina pontilhada) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma grande polêmica foi instituída em torno da infiltração de detentos na investigação de crimes. Pois apesar desse tipo de prática ser bastante utilizada em países desenvolvidos , como Itália e Estados Unidos, ela inspira receio em diversos segmentos da sociedade brasileira , dada a sua ilegalidade.

Ao mesmo tempo que a colaboração de prisioneiros na rede do crime pode , para alguns , representar um “avanço” nas investigações policiais , também traz à tona questões como : Se o agente policial atua junto aos detentos , ele não estaria se igualando aos criminosos ? E agindo junto aos presos a polícia poderia ser obrigada a admitir certas faltas e por vezes participar dos delitos.

Essa é, portanto , uma discussão de cunho bastante delicado, porque além de envolver 40 policiais do GRADI ( Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância) , apresentou acusações de tortura e compra de presos ( que teriam carros e celulares à sua disposição, promessas de transferência e até dinheiro), mortes resultantes de informações obtidas através do esquema e ameaça a juízes.

É um absurdo infiltrar um criminoso comum numa missão que necessitaria de formação policial, pois além dele não ter tido um treinamento prévio para isso , sua mente ainda pode estar permeada de valores morais que estimulem a prática do crime. E uma vez com liberdade, armas na mão , dadas pelo próprio Estado, pode ser um pulo para voltar a “boa vida” de assaltos, estupros , assassinatos....

Ainda que experiências como essa tenham dado certo em países considerados de primeiro mundo , não significa que elas se apliquem a realidade brasileira, porque esta está marcada por grandes contrastes sociais.

No entanto, o principal questionamento em torno desse assunto consiste na ilegalidade , pois a ordem jurídica proíbe que a administração pública faça qualquer coisa que não lhe seja expressamente permitida. Não há lei dizendo ser permitido usar presidiários na investigação de delitos, logo isso seria ilegal; e também , não cabe a PM investigar crimes , esse papel é atribuído a polícia civil.

Observa-se , portanto, que recrutar presos no combate ao crime é uma prática totalmente ilícita, e também não mostra avanço e modernização nenhuma num país como o Brasil, mergulhado em contradições, ao contrário, termina por misturar delinqüentes com policiais. Deixando a população acuada e sem saber a quem recorrer, uma vez que não se sabe quem são os verdadeiros foras da lei...



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