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Poesias-->MINHA INFÂNCIA -- 18/01/2001 - 15:27 (Antenor Ferreira Junior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
De olhos semi-abertos.

Fico a ouvir o som da tarde.

Gritos de criança.

Em meio ao deserto.

Num sol brilhante que arde.

E queima minh alma de saudade.



Os pensamentos vem e vão.

Queria não pensar agora.

Ter a mente vaga.

O espaço nas mãos.

E o controle das horas.

Poder viajar pelo tempo.

Ir vagando até o centro.

E encontrar alguém no pensamento.



Ouvir o machado cortando.

Meu velho pai, cantarolando.

A nos contar fantasia.

Por entre as rugas da vida.

Meu Deus, como eu queria!

Sorrir de qualquer maneira.

Sonhar um sonho menino.

Olhar sem medo, o destino.

A se perder na poeira.



Olhar a moça pequena.

De cabelos de algodão.

Pele negra, mãos de bençãos.

Alma clara e coração.

Sempre a brincar de sorrir.

Trazendo a dor na retina.

Nos seus olhos de menina.

Do sem fim que estava por vir.



A me aquecer o corpo.

Na borralha só o calor

Disso tudo eu me esqueço.

Só não me esqueço da dor.

Da velha casa, sem nada.

Das janelas quebradas.

Sempre abertas lá para a estrada.

E pipas de papel jornal.

Sempre soltas ao vento.

Como as roupas no varal.



Mas na mesa tinha pão.

E também tinha carinho.

Eu nunca andei sózinho.

Tive escola e educação.

Pés descalços, é bem verdade.

E remendos escondendo a pele

Numa pobreza sem vaidade.





Mas hoje cheguei aqui

Vim correndo, vim veloz.

Vim nos braços da poesia.

Entre abraços e alegrias.

Esquecendo que um dia.

Fui menino, fui sagaz.

Rodei pião de madeira.

Viví, corrí, pulei fogueira.

Soltei barcos de papel.

Passei por uma uma vida inteira.

Para um dia morrer em paz.

E quem sabe, ir morar lá no céu.



































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