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Cartas-->SOFRIMENTO -- 26/07/2003 - 20:46 (TATIANE VIEIRA FERREIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vezes sem conta ela sofreu, muitas outras lágrimas derramou, e o coração já sentiu o que é dor, muitas outra vezes... mas nunca como naquela tarde. A dor que sentiu fez com que seu coração sangrasse. O pior é que precisava demonstrar uma fachada de sorrisos e felicidade. Queria sair dali, mas não podia demonstrar seus sentimentos.
Ouvir o que as outras pessoas diziam, e sorrir. Tudo, cada gesto, cada palavra doíam. Já havia tomado decisões erradas em sua vida, mas não como naquele dia. Nunca deveria ter aparecido lá, nunca deveria ter ido ver como era tudo. Dor, só isso que ela sentiu... Cada vez que fechava os olhos lembrava do olhar daquela menina, encarando, com toda inocência. A culpa a corroía de uma maneira inexplicável. Sentia culpa por desejar o pai dela, de querer ele pra ela, de amá-lo. Sabia que privaria aquela menina da presença dele. Como poderia fazer isso? Aquele olhar atravessou seu coração como uma lança... Sentiu-se a pior das mulheres. Sentiu vergonha... Teve que sair dali por algum tempo, andar, respirar. E foi nesse momento que ela chorou, sentindo uma dor maior do que todas as outras que já havia sentindo por causa daquele amor. Chorou, chorou, até quase não conseguir mais respirar, o peito doía, as mãos tremiam. Quando voltou para perto das pessoas, já não conseguia mais disfarçar a tristeza. Queria sumir dali, ir embora, deitar dormir para não mais acordar. Mas não era o que o destino queria. Ela teve que ficar mais um tempo, encará-lo, ver que ele também estava sofrendo. Ouvir a música de um carro perto "Hoje preciso de você com qualquer humor, com qualquer sorriso. Hoje só tua presença vai me deixar feliz, só hoje..."
Depois que foi embora, não conseguia ir para casa, não conseguia imaginar encarar ninguém, então se dirigiu para a Ponte e viu o pôr-do-sol. Lá rezou e pediu que Deus... pediu que ele tirasse aquela dor do seu peito. Precisava sobreviver mais uma vez, como uma fênix, enxugou as lágrimas que ainda teimavam em cair e catou os pedaços de seu coração. Era o momento de colocar mais uma vez a máscara, de sorrir, quando queria chorar. Voltou para casa, já com o corpo adormecido pelo sofrimento. Tudo que mais queria no mundo era vê-lo, encostar a cabeça em seu ombro, sentir seus carinhos. Mas sabia que não tinha direito aquilo, que ele não lhe pertencia.
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