Usina de Letras
Usina de Letras
147 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62069 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50476)

Humor (20015)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6162)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->A História da Ponte da Mizarela -- 04/02/2015 - 21:31 (Lita Moniz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Conta-se que em tempos que já lá vão, um homem, fugitivo da justiça, vivia escondido entre arvoredos e rochas, junto ao rio Rabagão. Um dia foi descoberto e queria fugir, mas como não conseguia passar o dito rio, devido à altura e às lajes que o rodeavam, desnorteado exclamou: - Por Deus ou pelo diabo, havia de me aparecer aqui uma ponte! Para espanto do homem, no mesmo instante apareceu a ponte e o diabo em cima da mesma disse: - Deixo-te passar, mas com a condição de me venderes a tua alma. O homem como estava aflito, disse-lhe que sim e lá passou. Tempos depois, arrependido, foi-se confessar a um padre e contou-lhe o que se tinha passado. O padre decidiu então ir resgatar aquela alma ao diabo. Para isso arranjou uma caldeira com água-benta e ao chegar ao tal sítio fez tal e qual como o fugitivo, e, nesse mesmo instante, apareceu-lhe o diabo. O padre ao ver o diabo, aspergiu-lhe água benta com um ramo que cortou do arvoredo e nesse mesmo momento o diabo deu um estouro e deixou no ar um cheiro diabólico. Como a ponte ficou benzida, o povo começou a acreditar que lá se poderiam operar milagres. Como havia muitas mães que não conseguiam vingar os filhos, a partir daquele momento, o casal quando sentia que a mulher estava grávida, ia, e vai, para lá antes da meia-noite, leva uma corda e um copo, acende uma fogueira de lume no meio do arco da ponte e espera até passar a 1ª pessoa para lhe baptizar o filho no ventre materno. Se não aparecer ninguém de noite têm que esperar até que surja alguém, mesmo que seja dia. Enquanto não for baptizado, o homem, pois a mulher não pode sair do meio do arco da ponte, enxota todos os animais ou a pessoa que por lá queira passar e não queira fazer o baptizado. Quando por fim aparecer alguém que lhe queira baptizar o filho, homem e mulher, pega na corda enrolada no copo e colhe água que passe debaixo da ponte. Se por acaso o casal se esquecer de levar a corda, o padrinho ou a madrinha pega no copo, vai de volta e colhe água debaixo da ponte, custe o que custar. Começa então o baptizado. O padrinho ou madrinha diz: -"Eu te baptizo criatura de Deus, pelo poder de Deus e da Virgem Maria. Se fores rapaz serás Gervaz(io), se fores rapariga Senhorinha." A mulher que anda grávida desaperta a saia e é-lhe deitada água na barriga. O padrinho continua: -"Agora vamos rezar um Pai Nosso e uma Avé Maria." Rezam o Pai Nosso e a Avé Maria, mas não se diz o Amén na Avé Maria. Diz a lenda que todos os fetos que forem lá baptizados não morrem. Se morrer, o primeiro pedido que faz a Deus é pelos padrinhos, o segundo é pelo pai e o terceiro é pela mãe. Ainda hoje existem muitas mulheres que acreditam na lenda e não se interessam em passar lá noites e noites para ver se conseguem vingar o seu filho.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 6Exibido 804 vezesFale com o autor