Nossas flores agora
São de quartzo, mica e feldspato
Em vez de pistilos, estames e gineceus
O azul sobre nós esmaeceu
E é denso de partículas gris
Vindas dos cubículos sobre rodas
Que, quase sempre, solitários habitamos
E que guardamos ao lado
Do nosso jardim de pedra
Que entendemos belo e,
Mais que tudo,
Não nos requer cuidado
Porque não nos importamos de ter sobre a cabeça
Um tal céu rajado de sujidades
E à frente um horizonte próximo pela escassez de visibilidade
Desde que, nos reste tempo para fazer compras
E desperdiçar a história e o futuro da humanidade.
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