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Textos_Religiosos-->Aborto? Aborte essa idéia assassina! -- 04/06/2007 - 13:02 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Aborto é sempre um mal, diz bispo brasileiro
Poder público devia «empenhar-se para acabar com esse mal e não com a vida do nascituro»

www.zenit.org

SÃO PAULO, sexta-feira, 1 de junho de 2007 (ZENIT.org).- «O aborto em si é sempre um mal, fora ou dentro da lei», afirma Dom Eduardo Koaik, bispo emérito de Piracicaba (Estado de São Paulo).

No contexto do fortalecimento do debate em torno à legalização do aborto no Brasil, promovido por organizações não-governamentais e pelo próprio Ministério da Saúde, o bispo dirigiu um artigo aos fiéis esta sexta-feira explicando a gravidade do assunto.

Segundo Dom Koaik, quem defende a legalização do aborto «levanta a voz com ênfase: “Ninguém em sã consciência é a favor do aborto”. E acrescenta sempre: “Legalizá-lo é a maneira certa de controlá-lo”».

«Duas afirmações contraditórias --explica o bispo--. Proclamar que não há quem esteja a favor do aborto, há de ser pela razão de que não há quem não veja nele um mal. Por que, então, legalizá-lo?»

«A “sã consciência” não pode estar dos dois lados. Justifica-se também “a interrupção da gravidez voluntária” com a categórica declaração: “A mulher é dona do seu corpo”.»

Mas, de acordo com o bispo emérito de Piracicaba, «ela o é em tantas coisas que não a deixam ser, mas não o é para mutilá-lo ou destruí-lo». E enfatiza que «o embrião dentro dela não é o seu corpo, mas uma outra vida gerada por ela, por isso não se pode falar em corpo estranho».

O bispo recorda que Código Civil brasileiro, artigo 2º, confere personalidade civil somente a partir do nascimento. O Código Penal, contudo, garante ao nascituro o direito à vida desde a concepção. A atual Constituição, artigo 5º, declara, de sua parte, inviolável o direito à vida.

«Como, então, justificar a promoção do plebiscito para o povo decidir se o nascituro tem ou não direito à vida?», questiona.

Ao recordar que os promotores do aborto insistem no fato de que sua prática é uma questão de saúde pública, o bispo afirma que «o certo é o poder público empenhar-se para acabar com esse mal e não com a vida do nascituro, legalizando o mal para que ele se torne um bem».

«Insisto em dizer que o aborto é um mal em si (desrespeito ao direito à vida) e não apenas pelas suas conseqüências, quando praticado na ilegalidade», explica.

«Certos sociólogos, economistas e outras cabeças festejarão a vitória da campanha do aborto no Brasil, vendo nessa pseudo-solução o meio mais seguro para o controle da explosão demográfica.»

«Minha convicção é outra --afirma o bispo--: o Brasil não fica mais próspero com menos filhos nas famílias pobres. O problema situa-se fundamentalmente no sistema econômico vigente que distribui a renda de modo injusto.»

«Lembro-me de uma intrigante expressão do Papa Paulo VI: “Nos planos da Divina Providência, todo filho vem ao mundo com seu pão debaixo do braço”. O que me permite perguntar: quem é que lhe tira esse pão?», afirma o bispo.



***

Lei do Aborto é «conjunto de mentiras», afirma cardeal escocês


EDIMBURGO, sexta-feira, 1º de junho de 2007 (ZENIT.org).- Em uma forte homilia pronunciada em 31 de maio à tarde, Festa da Visitação, na catedral de Santa Maria em Edimburgo, Escócia, o cardeal Keith O’Brien descreveu as afirmações que se fizeram quando se aprovou a Lei do Aborto em 1967 como um «conjunto de mentiras» que incluía «mentiras e desinformação mascaradas como compaixão e verdade».

As palavras do cardeal foram ditas quando se aproximou o 40º aniversário desta lei e por ocasião da celebração do «Dia pela Vida», por parte da Igreja em 31 de maio. O tema da jornada deste ano é «Bendito é o fruto do vosso ventre».

O Dia pela Vida escocês coincide com a Festa da Visitação, que marca a viagem de Maria para visitar a sua prima Isabel, que também estava esperando um filho.

O dia foi recordado nas 500 paróquias católicas, que enviaram 250.000 folhetos explicando o tema e a oposição da Igreja ao aborto e proporcionando informação de outras alternativas.

Em uma carta que acompanha o material enviado às paróquias, o arcebispo Mario Conti insta «cada paróquia na Escócia a aproveitar a oportunidade de recordar às pessoas que é o 40º aniversário da aprovação da Lei do Aborto», acrescentando que as pessoas deveriam animar-se para «pedir uma legislação que proteja a criança não-nascida desde o momento da concepção».

Em sua homilia da quinta-feira, o cardeal O’Brien pediu também aos políticos católicos que evitem «cooperar no indizível crime do aborto» recordando-lhes «a barreira que tal cooperação supõe para receber a Santa Comunhão».



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