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Cordel-->A DEMOLIÇÃO DO PÃO-DE-AÇÚCAR -- 18/05/2015 - 10:51 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A DEMOLIÇÃO DO PÃO-DE-AÇÚCAR

É assustador o que acontece
Num tempo de muito perigo
E num tempo que passamos
Com lupa procurando amigo
Pois que é muito difícil saber
Pois parecem mais inimigos.

Não que você os tenha feito
Eles vão chegando de graça
E como não querendo nada
Eles tomam conta da praça
Fazendo ao seu bem querer
Seus desejos até de pirraça.

Na falência das instituições
Que foram já sedimentadas
Dentro do coração do povo
Na sua alma já despedaçada
Vai se perdendo quase tudo
E não sobrando quase nada.

Os maiores perigos de hoje:
As falências política e moral
Onde a ordem não importa
Pois estando unidas no mal
Até a vergonha que o povo
Passou a sentir já é normal.

E tudo ou quase tudo se faz
Sem a satisfação de direito
Se faz na raça e na mutreta
E sempre se faz o mal feito
Nem importa o bom senso
Já que é feito mais no peito.

A lei existe mas é maleável
A justiça, dizem, negociada
Quem deveria dar exemplo
Já está com a ficha borrada
E quem deveria ser seguido
Anda de mal na caminhada.

A coisa por aqui está braba
Que mais parece o gabiroto
Mandando na casa de Deus
O ser belo é ser feio e torto
E a música sem a harmonia
Bom mesmo é ser o morto.

Fazem o que bem entende
E mesmo o não entendido
E ninguém se compromete
Não ficando comprometido
E quem tem o seu protetor
Fica sempre bem protegido.

E a coisa ficou mais branca
Como aparece nos jornais
Pelas fotos dos indiciados
Parecem tempos coloniais
Aqueles tempos das elites
E que não voltariam mais.

Mas deram o jeito de polir
Pra brilhar e ficar estrelado
Trocando suas vestimentas
Os macacões pelos ternos
Parecendo até os fardados
Que com olhara de altivez
Seus bolsos são estofados.

De boas intenções é sabido
Que o inferno já está cheio
E o importante é resultado
Não se importe se o meio
Possa ser mais trabalhoso
Importante é não ser feio.

E eles vão chutando a bola
Que de neve vai crescendo
Ás vezes lhe dão um pouco
Pra esquecer e ir comendo
E enquanto o tempo passa
Eles vão se enriquecendo.

Fazem o que bem desejam
Fazem muito acima do mal
Fazem abaixo de todo bem
E se achando que é normal
Fazendo tudo sem oposição
A gente acaba é muito mai.

Os exemplos são inúmeros
Pois muitas são as sandices
Que nem há preocupação
De fundamentar as tolices
São capazes de ombrearem
Acima de suas babaquices.

Não há cumprimento da lei
Nem mesmo do bom senso
Fazem o que bem entende
Em qualquer hora e tempo
Por nunca ter tempo ruim
Estão rindo todo momento.

Essa classe de parlamentar
É classe que chegou ao céu
Que botou o boi na sombra
E hoje só vive sugando mel
E para todos esses parasitas
Não devemos tirar o chapéu.

São os criadores de favelas
E que pobre até vão buscar
Pois adoram a comunidade
Que é o voto fácil de ganhar
Depois usam grana pública
Num jeito fácil de agradar.

Espalham que o povo é bom
É muito ordeiro e solidário
Tem os sentimentos cristãos
Que por índole humanitários
Não se importam de se dar
E até fazer papel de otários.

Haja vista no caso das vigas
Desse elevado da perimetral
Tão importante para a cidade
E para o trânsito fundamental
Que foi demolido ou sumido
E eles acharam tudo normal.

No sumiço das vigas gigantes
Os jornais até que noticiaram
A polícia andou investigando
Mas ainda não encontraram
Como sumiram ninguém sabe
Mas logo todos já se calaram.

Por aqui fazem o que querem
E nem sabem se o que fazem
Tem um interesse do publico
O que de fato eles só trazem
É um desejo imenso do poder
Destruindo o que não sabem.

Encheram as ruas com carros
Até a superlotação do espaço
Depois destruíram o elevado
Com parcimônia aos pedaços
E hoje falam ter poucas ruas
Que trânsito está um cansaço.

Por isso caro amigo do cordel
É melhor nem ficar chateado
Se um dia acabar os bondes
Quando demolido e arrasado
Nosso famoso Pão de Açúcar
Passar a ser apenas lembrado.


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