Os Goethe-pedantes (1845)
Gottfried Keller
"Somente ordem, decoro"! É o que ressona sempre lá.
Quem fala de ordem, onde as montanhas estão frágeis?
Quem fala de graça, enquanto os pensamentos
ainda desprotegidos enganam-se até descabelarem-se?
Nós lutamos ainda, brigamos de ano em ano,
precisamos ainda de uma violenta, talvez deselegante briga.;
durante estes tempos selvagens, chifrudos confusos
riem de uma perspectiva de progresso pouco clara para nós.
E Goethe é uma jóia que, na guerra,
enterra-se em silêncio na cova mais segura,
salva antes da dura mão do inimigo.;
É claro que, com o inimigo afugentado, depois de suado triunfo,
apega-se a alegre lembrança diante do mesmo.
E deixa que isto brilhe tolerantemente pelo país afora.
Fonte: Projekt Gutenberg.de
Veja mais==>>>Elpídio de Toledo
Die GoethePedanten (1845)
"Nur Ordnung, Anmut!" tönt es immerdar.
Wer spricht von Ordnung, wo die Berge wanken?
Wer spricht von Anmut, während die Gedanken
Noch schutzlos irren mit zerrauftem Haar?
Noch kämpfen wir, durchringend Jahr um Jahr,
Noch tut uns not ein scharf, ob unschön Zanken.;
Durch dieses Zeitenwaldes wirre Ranken
Lacht eine Zukunftsau noch nicht uns klar.
Und Goethe ist ein Kleinod, das im Kriege
Man still vergräbt im sichersten Gewölbe,
Es bergend vor des rauhen Feindes Hand.;
Doch ist der Feind verjagt, nach heissem Siege
Holt man erinnerungsfroh hervor dasselbe.
Und lässt es friedlich leuchten durch das Land.