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Artigos-->Alca: mais um episódio -- 29/09/2002 - 19:30 (Henrique F. (rique)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estamos vendo na Tv e em toda propaganda eleitoral, os inúmeros candidatos fazendo campanha contra a Alca - Área de Livre Comércio das Américas -, mas muitas pessoas nem sabem o que é e o que pode representar para o país esse acordo de ‘livre comércio’. Também se vê por aí, uns dizendo não ao FMI, dizem que vão aumentar o salário mínimo para mil e quinhentos reais, isso e aquilo... Nossa! É cada uma. Tudo balela. Um discurso e uma falácia ‘esquerdista’ que não dá em nada. Pois bem, a Alca surge em 1994 com o objetivo de eliminar as barreiras alfandegárias entre os 34 países americanos. Ou seja, ninguém pagaria mais impostos sob mercadoria alguma. Uma vantagem para quem possui mais dinheiro e quem produz mais. Com certeza.

Com um PIB total de US$ 9,7 trilhões (US$ 1,2 trilhão a mais que a União Européia), os países da Alca somam uma população de 783,6 milhões de habitantes, o dobro da registrada na UE. Uma soma bem grande, aliás.

O grande patrocinador da abertura dos mercados da região é o governo dos Estados Unidos. Oferecendo produtos e serviços mais competitivos, as empresas norte-americanas consideram-se preparadas para a queda das barreiras alfandegárias na região, o que leva os EUA a propor a implementação imediata de acordos parciais, com abertura total do mercado em 2005.

Já o Brasil, de FHC, mais ponderado, e seus parceiros do Mercosul prevêem grande dificuldade na adaptação de suas economias a essa integração e preferem dar início ao processo somente em 2005. Se bem que isso não é certo, pois com as crises que assolam todo o mundo, nunca se sabe o que pode vir por aí. Ainda mais depois das eleições de outubro.

Para participar da Alca, as nações da América Latina e do Caribe necessitarão de vultosas obras de infra-estrutura. Estima-se, no conjunto, investimentos da ordem de US$ 65 bilhões por ano na modernização de setores vitais, como transportes, telecomunicações, água e energia.

Um absurdo para os países da América Latina, entre eles Brasil e Argentina, que andam bem ruins das pernas.

Os EUA vão comprando os países como querem e ainda colocam juros e nós, ah, nós ainda vamos para as aulas de inglês, depois, ao ir para casa, passamos para comer no Mc’Donalds e levamos para casa algumas fitas de vídeo do cinema norte-americano. A falta de patriotismo que aflige o país todo é notada visivelmente. Crianças, ao invés de aprenderem o português corretamente, se estragam em escolas de inglês. Intercâmbios. Não valorizamos mais o que é nosso. Até para uma viagem. Basta parar para pensar. Quando se sonha em fazer uma viagem longa, daquelas bem gostosas, onde você vai ficar de boa. O que pensa? Viajar para fora do Brasil. Conhecer Roma, Paris e outras cidades grandes. Nova Iorque também está na lista. E o dinheiro que se gasta lá é lucro para quem? Para nós? Não, com certeza que não. É deles. Eles não vêm para cá, mas nós, ah, nós vamos e ainda falamos para todo mundo que gastamos fortunas de dinheiro por lá. O Brasil é lindo e precisa de gente que goste dele. Às vezes penso e comparo, nós brasileiros, com outros povos. É de chorar. Possuímos um território que nem precisa colocar dimensões. Rico, farto, mas parece que não ajudamos. Como diria uma piada. Estava Deus planejando com São Pedro a construção do mundo, quando São Pedro o interrompeu. “Oh, grande Senhor, no Japão existe terremoto, nos EUA existem os furacões e em tantos países há de existir fome. E no Brasil? Lá eles não possuem nenhum problema? A natureza é tão bela com eles, porquê grande mestre?”. Deus passou a mão na cabeça, olhou para os lados e disse: “É que você não sabe o povinho que vou colocar lá”. Uma piadinha infame, mas que serve de alerta para quem têm tudo e não aproveita nada.





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