Oh! como o barulho da saudade
 .; incomoda nesta hora!
Tristes são meus lamentos
surgidos no abandono da noite!
Nem a lua,
nem o vento me abraçou neste dia!
A cortina,
que escondia meu canto numa
penumbra sem definição,
rasga-se desprotegida pelos tantos
pingos orvalhados do meu coração!
Vejo as estrelas,
mas elas são insossas sem o seu afago!
 .; Desenho a lua...
sem contorno,
sem viço,
com uma triste revelação causada pelo
desprezo de um dia inteiro mudo!
Nenhuma letra,
mesmo que fosse morta,
para acalentar meus sonhos!...
Você fincou a espada da ausência em minha realidade e
sangram meus gestos sem poder acenar
um amor que convença seu medo!
Eh! a saudade é chama que me arde nos olhos...
especialmente quando o vento,
como colírio,
não alivia,
mas chega em forma de dor
pungente de gente que não me quer!
Oh! vento maldito que me fez sonhar,
que me fez acreditar que voar era possível...
vento veneno que me cega e
causa o gotejar da minha alma!
©Balsa Melo
12.01.07
Paraíba