Talvez eu não queira mais ouvir o repetir dos meus ais!
Talvez eu consiga riscar seu nome do meu peito e
inscreva-o na cova do meu rosto
como uma cicatriz que apenas marca,
nada mais!
Talvez eu não consiga sobreviver sem o seu toque,
sem o barulho silencioso dos seus olhos que tanto me agitam!...
Talvez!...
A minha vez de sair tenha chegado e
nada mais fará morada em meu coração...
limparei dele as lembranças,
as noites ressentidas pela espera,
os toques tímidos dos seus dedos sobre as minhas mãos e
o temor de ser feliz com um amor suposto que não podia existir!...
Você,
talvez,
queira-me tarde demais no cedo
vencido da minha solidão!
©Balsa Melo
12.01.07
Paraíba