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Cordel-->O ESTILISTA LAMPIÃO -- 01/07/2015 - 11:54 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O ESTILISTA LAMPIÃO

A Leoa nunca se incomodou
Se do casal bonito é o Leão
Nem tampouco a passarada
Se só no macho há campeão
Como elegante é o Cardeal
Ou o belo e temido Gavião.

É em plumagem masculina
Que a generosidade colorida
Esbanja o seu maior esmero
Como na força desprendida
Sem o esforço desperdiçado
Impulsiona no vigor a vida.

Soberbos sempre se vestem
De penas, ou peles douradas
E pelos já de tão aveludados
Que mesclam sobre camadas
De todos os tons e semitons
Numa sinfonia da homarada.

Dario, Xerxes e Montezuma
Assim como os imperadores
Alexandre, Nero e Adriano
Augustos da vida e senhores
Com seus elmos e braceletes
Deixaram fascínio e temores.

Zumbi, cacique Cunhambebe
Aimberê e outros guerreiros
Cujos nomes tão consagrados
São reverenciados por inteiro
Nas suas bravuras e valentias
Em atos heroicos derradeiros.

São consagrados como heróis
Como eram os reis ensolarados
Lá pela Europa conquistadora
E como os soldados estrelados
Em lutas pelas independências
De muitos países já libertados.

Dario, Xerxes e Montezuma
Assim como os imperadores
Alexandre, Nero e Adriano
Augustos da vida e senhores
Com seus elmos e braceletes
Deixaram fascínio e temores.

Zumbi, cacique Cunhambebe
Aimberê e outros guerreiros
Cujos nomes tão consagrados
São reverenciados por inteiro
Nas suas bravuras e valentias
Em atos heroicos derradeiros.

São consagrados como heróis
Como eram os reis ensolarados
Lá pela Europa conquistadora
E como os soldados estrelados
Em lutas pelas independências
De muitos países já libertados.

Eles foram guerreiros de luz
Com indumentárias cintilantes
Elmos, capas, anéis e cocares
E coros com ouro e diamantes
Pois lideravam nações inteiras
Que por eles seguiam adiante.

O Brasil de muitos guerreiros
E as várias formas de atuações
Em que eles se notabilizaram
Não importando suas versões
Um é até especial por demais
Até pelas contrárias opiniões.

Dizem que ele foi o matador
Mais sanguinário da história
Estrategista com a guerrilha
Fez da armadilha sua glória
Tornando-se o personagem
Das mais incríveis estórias

Outros falam das manobras
Ardilosas de político sagaz
Ganhando créditos da igreja
E negociando com ferrabrás
E com governo uma patente
Deixando-o feliz por demais.

Por sua extrema sagacidade
Ele sabia que a sua biografia
Teria versões muito variadas
Dependendo até da geografia
Ou interesse da elite política
E disso ele até que bem sabia.

Um homem online no tempo
O tempo do quem faz a hora
E faz até tempo bem depois
E do tempo antes logo agora
Mas isso é coisa pra depois
E por enquanto fica de fora.

E ao abrirem-se as cortinas
Surge um homem estiloso
E uma rica indumentária
Com o belo lenço sedoso
Chapéu todo ornamentado
Com um símbolo brilhoso.

E as moedas a ornamentar
O chapéu de couro tratado
São de prata e são de ouro
E também o céu estrelado
Pelas estrelas em sua aba
São de rico metal dourado.

Tinha o aroma prestigioso
Vindo lá de terras francesa
E o aro dos óculos alemão
Nunca perdiam a firmeza
Mesmo que balas zuniam
Bem perto da sua cabeça.

Era muito bem informado
De quase tudo era sabedor
Tinha informante na mata
E das letras era apreciador
Lendo jornais e as revistas
E de livros era bom leitor.

Elegância tinha por demais
Que até música sabia tocar
Como músico fez o xaxado
Que era para a tropa dançar
Após as lutas e caminhadas
Na melhor forma de relaxar.

E a sua habilidade no couro
Deu-lhe diploma e profissão
Como alfaiate de mão cheia
Dava floreio e ornamentação
Por ser ele um grande artista
Na arte do bornal e do gibão.

No bornal o capítulo a parte
Dessa sua grande habilidade
Foi que deu fama invejável
Pela sua imensa versatilidade
Com sua máquina de costura
E uma fantástica criatividade.

Eram as figuras geométricas
Encantando aos olhos vistos
Com imagens bem coloridas
Compondo siluetas nos ricos
Bem similares aos arabescos
De belos palácios mouriscos.

Madrepérola e fios de ouro
Sobre marfim no toque final
Davam o nobre acabamento
De seu mui precioso punhal
E tal como a prata da bainha
Fazia um conjunto sem igual.

Foi um cangaceiro impagável
O herói ou bandido justiceiro
Dominador do mau e do bom
Fruto do seu tempo por inteiro
Não deixava pendência por ser
Estrategista político e guerreiro.

Cristão extremamente religioso
À hora da santa o bando rezava
Exigia a todos reverência a cruz
Com padre Cícero se abençoava
E no escapulário o santo devoto
Mas traição ele jamais perdoava.

Homem do tempo e lugar vivido
Um expoente por suas façanhas
Inesquecível Capitão Virgulino
E seu estilo variável de manhas
Fez história até com sua amada
Uma Maria de beleza tamanha.



fim
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