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Poesias-->GUERRA E PAZ -- 20/01/2007 - 02:10 (Maurício Santanna) |
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Perseguido eu fui pelo gladiador do ódio,
Junto a ele estavam dois guardiões da maldade,
Apressei os meus passos em vão,
A paz se distanciava na aproximação dos guerreiros.
Na esquina da indecisão fui alcançado,
E sob minha proteção estavam quatro querubins,
Junto a eles se via a Rainha da Imaginação
E a Amazonas da Sinceridade.
Quando se deu o encontro inevitável
Tirei da bainha a espada do sentimento,
E uma luta sangrenta se iniciou,
As lâminas rangiam cortando o vento.
O som da guerra se tornara uma composição
De uma música que entoava a vida ou a morte,
O tórax do primeiro guardião foi transposto,
Minha espada reluzia o vermelho da dor.
Lancei sobre o segundo guardião
A lâmina tangida,
Cortando-lhe a garganta da fúria,
Ecoou-se no vazio o grito da insanidade.
No relance da minha distração
Apareceu o cavaleiro da discórdia,
Arrebatando para o horizonte
A Rainha da Imaginação e os seus dois lindos querubins.
A dor da saudade latejava em meu peito
Mas a guerra ainda não terminara,
O gladiador desferia incessamente
Golpes com o machado da cólera.
Tropecei no erro da insensatez,
Mas mesmo caído usei o escudo da humildade,
Rasguei o coração do fascínora
Lançando-lhe o punhal da verdade.
Sob o rastro dos que se foram
Direcionei os meus firmes passos,
Ao meu lado continuava a linda Amazonas
E os seus dois querubins encantados.
Só o tempo dirá se encontrarei novamente
Os amores perdidos na batalha do tempo,
Ou se a miragem dos meus devaneios
Me aprisionará no labirinto da saudade.
.....Os direitos estão reservados.....
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