Se nada é a priori,
e queremos conhecer,
e temos desejos,
e evitamos sombras,
as Pedras são as Liberdades.
Não as encontramos à beira de caminhos,
nem engolindo fel servido por Parteiros de ilusões,
tampouco, habitando Ilhas com Anjos ulcerados.
A Liberdade se talha na Carpintaria da Inteligência.
Nossa sintaxe,
Nossa semântica,
Hão de ser Lâminas no tropel das repressões.
Conhecer... Desejar... exigem Quixotes sem vísceras de vento,
Liberdade são vôos do Espírito evitando flagelações.
liberdades-escorpiões,
liberdades-lacraias,
liberdades-venenos nos tentam enredar:
saem dos dejetos, dos lixos e dos esgotos.
Se a Liberdade se apóia no nada,
os pés,
o corpo,
a alma,
carregam os golpes,
as cicatrizes,
as dores,
da falsa pedra de sabedoria.
Obs. O poema não está segundo a sua estrutura original. |