Usina de Letras
Usina de Letras
284 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62171 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50576)

Humor (20028)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Nem tão importante assim -- 27/01/2006 - 23:23 (Bruno D Angelo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Bruno cansado sai do trabalho às seis da tarde. Tarde. Final de tarde. Começo de noite. Bruno estressado já começa a ficar com medo dentro de seu carro novo novinho. Tenta, sem resultado, afastar os pensamentos inoportunos que insistem em trafegar por sua cabeça. E se morresse agora? E se fosse assaltado? Seqüestrado? Abduzido? Sei lá!
Seu carro novo novinho não quer saber de entretanto. Segue firme seu caminho. Levando dentro de si este filhinho da mamãe. Não para por nada. Por sorte, nenhum obstáculo. O carro novo novinho. Quinhentos quilômetros por hora e Bruno tenta permanecer tranqüilo, com a bunda perfeitamente aderida ao assento anatômico.
Até quando poderia aguentar mais aquilo. Tantas angústias. Tantas preocupações e a vontade de vomitar a todo o momento. De vomitar a própria vida. A própria impotência diante da vida. Sair de casa e não saber se volta. Voltar para casa e não saber se chega. Mãe, estou bem! Estes são os pequenos cotidianos que fazem a classe média perder o sono. Bruno há tempos não dorme como um rei.
Farol do carro ligado, Bruno e seu carro novo novinho vão rastreando o asfalto em pedaços, na velocidade que lhes é permitida. Bruno quer chegar em casa intacto, mesmo que seu carro novo novinho não chegue. Buracos e mais buracos em que despenca, o carro novo novinho já não se mostra assim tão novinho, talvez novo.
Mais a frente. Poucos metros a frente. Logo ali tão adiante. Um sinal. O sinal. Verde. Talvez no... Amarelo. Bruno. O carro novo nem tão novinho. Bruno. Seu pé e o acelerador. Arranha marcha. Arranha o ouvido. Bruno. Quer chegar. Acha que consegue. Vermelho. Não consegue. Bruno não consegue. E agora?

Por Bruno D Angelo
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui