Nasci numa terra seca.;
de vidas,
de pessoas.
Uma terra utópica
de areia cinza
com uma árvore perdida no infinito
e o gado morrendo.
Essa terra sem água:
meu sertão, que se desmonta nas imagens
das viagens da minha infância.
Utópico sim, porque a cada nova partida
vejo que ele se descontrói,
das suas belezas feias e das minhas sensações.
Utópico, porque nunca mais será como nas viagens
de eu menina, nunca mais será....
Meu sertão agora é cá dento.
|