Querências
Tere Penhabe
Eu quis tanto e quero ainda, a beleza da poesia, para dividir com o mundo
o vôo da gaivota não é para mim, ela voa por mim, para eu poder captar
a beleza do vôo, em versos doar, aos que não o têm, não podem vê-lo
creio ainda, na mesma praça que os poetas clamam, mesmo sorriso
talvez até no mesmo olhar, alguém ímpar,que veja a vida como eu
sem ódio, sem rancor, segurando convicto a bandeira do amor.
Quero acordar, poder sorrir confiante, sem medo, mágoa, dor
saber que nada tenho e mesmo assim sou dona do mundo
porque ao meu lado, dócil, terei uma parte desse mundo
que se algum dia não puder sorrir, me dará a sua mão
que eu apertarei para lhe transmitir toda a força e fé
mais o resquício de coragem, que sobrar em mim
liberdade inconfundível, é poder doar-me toda
porque eu quero, porque optei fosse assim
por ser esse o meu caminho, meu sentir.
Emprestarei o vôo de borboletas azuis
dos passarinhos tão belos, coloridos
seus cantos tão maviosos de ouvir
darei em troca ainda, posso jurar
meu imenso amor pelos corais
pelas conchinhas dos mares
e voaremos então bem alto
você e eu, nosso encanto
pelas querências todas
a que nos dedicamos
mesmo sendo aqui
no meu momento
apenas e tão só
o sonho bom
perecendo
trôpego
o seu
fim
.
Tere Penhabe
Santos, 16/09/2005
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