Serás déspota de ti ao abraçares o ordinário da vida,
vales menos que uma bolha de sabão?
Se teus caprichos te arrastam à penúria,
à dor,
à morte,
antes do cantar do galo,
desarma-te,
rasga as máscaras,
ao lixo, o lixo...
Triunfa sobre ti,
Domina as paixões,
Sê livre com Inteligência.
A soberba pare demônios,
embota o raciocínio,
mata a auto-crítica...
gênios vistas falsas,
evangelistas de fábulas abjetas,
velhacos dos baixos instintos,
são mulas de Balaão às avessas...
antes do cantar do galo,
desarma-te,
rasga as máscaras,
ao lixo, o lixo...
Ladram matilhas, à guisa de liberdade,
nos focinhos, lodos repugnantes:
são cretinos, são canalhas,
são Aristófanes vomitando estupidez.
Serás déspota de ti ao abraçares o ordinário da vida,
vales menos que uma bolha de sabão?
|