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cronicas-->A ética da corrupção (Ou a ética corrompida?) -- 25/04/2004 - 11:53 (Raul Pinto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



É preferível ser dono de uma moeda que escravo de duas.
[Provérbio grego]

Se a ética é a prática da moralidade, que dizer da ética na corrupção? Explico. Embora René Descartes tenha visto com reserva o silogismo enquanto instrumento de juízo - exercitemo-lo: a ética é parte da filosofia que estuda os valores morais da conduta humana do ponto de vista do bem ou do mal, pressupõe a prática da moralidade (premissa maior); historicamente, a moralidade esteve sujeita aos costumes e aos caprichos dos ricos e poderosos, que é, em última instància, uma prática de corrupção imposta e consentida (premissa menor); logo, pelo menos por uma ótica relativa, a corrupção tem sua ética (conclusão). Mais, o corrupto acredita que esta deverá ser exercitada dentro de uma determinada ética e, veja bem, com responsabilidade! É um jogo, e, no caso brasileiro, é uma ciência a dar inveja ao mundo, por sua inesgotável criatividade. Em sendo a impunidade o sal da corrupção, nós temos o melhor e o maior produto. Pena que, no enorme esforço exportador, a reboque da máxima fernandocardosiana: exportação ou morte, o ministro Furlan não lhe tenha dado o valor devido. Lamentável que o Brasil exporte só o produto da pilhagem nacional, não os corruptos e sua tecnologia de ponta.
Uma e outra vitória sobre essa praga nacional. Graças, sobretudo, a um ministério público independente - que já lhe querem colocar grilheta, inclusive o impoluto PT - e a imprensa mais investigativa e menos conivente com deletérias práticas. Até 1978, em Roraima não se falava de corrupção. Ela chegou aqui na mala de alguns figurões que beberam da água do Rio Branco e foram ficando... Sofre-se de infestação, a praga universalizou-se, do pequeno ao grande, do pastor à ovelha...
Li com atenção os dois últimos textos do Dr. Julio Martins publicados na Folha - coincidentemente, estou a ler Vieira -. No segundo, o nosso Vieira macuxi esteve, digamos assim, mais-que-perfeito. Vale a pena transcrever-lhe o excerto:

"Fazendo a imitação de Vieira, podemos dizer, por exemplo, que aqui temos o MODO INTIMATIVO, pelo qual o ocupante de cargo público que se recusa a roubar é intimado a sair. (Segundo dizem, foi o que aconteceu com o atual senador Augusto Botelho, quando secretário de saúde). Depois, o MODO INTIMIDATIVO, parecido com o anterior, mas de feição própria. Neste, os recalcitrantes da ética, os de decência contumaz sofrem intimidações para aderir à maré montante da rapinagem. Se resistem são, no mínimo, alvo de escárnio e zombaria. (Os que passam pelos cargos e não "desempobrecem" são chamados de tolos, ingênuos, ultrapassados - permita-me, mestre, o acréscimo: incompetentes - e coisas piores.)"

Pena que o personagem citado abandonou o barco a MODO INTIMATIVO. Se tivesse permanecido no MODO INTIMIDATIVO, os refestelos na famigerada COOPERPAI-MED não haviam de ter atingido as barras da absurdez. Hoje, enterrada na impunidade, repasta-lhe a vermina.
NO MODO INTIMIDATIVO, ficou o autor que sofreu calado toda a sorte de enxovalhamento de quem está, hoje, às voltas com a justiça e dos que estão ainda na moita.

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