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Cartas-->Oração -- 02/08/2001 - 04:08 (Alberto D. P. do Carmo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Deus dos meus pais, Deus do meu país
Seja lá quem tu sejas, escuta-me por alguns bytes. Ouve-me os delírios, acolhe-me a ansiedade de falar-te, nem que sejam minhas loucas interjeições.
Abre-me tua porteira a uma letra, que eu faço passar a saraivada de verbos que me atormentam. Salva-me do desespero estressado, e sossega meu facho.
Não deixa desvanecer minha esperança infantil, meu sonho de berço. Não desmente minhas verdades. Toca-me a voz com tua doçura.
Lanha-me com teu chicote de misericórdia. Mostra-me os caminhos da tua caridade, onde eu, na minha teima, mal posso tatear às cegas.
Traz-me paz , tua luz, teu peito hospedeiro. Esmaga minha ignorância em tua brandura. Ensina-me a candura.
Imploro-te a sanha de aprendiz, que me guie o argumento nas horas em que me vasculham à procura de força interior. Ensina-me a olhar com compreensão.
Mostra-me como soletrar teus provérbios sábios a quem deles carece, ainda que eu, preso às teias da humanidade tonta, vacile nos meus atos.
Guia-me a intensidade, do estrondo à suavidade. Toma minhas mãos, para que eu saiba colher o pólen instável com mansidão, e rechaçar a hipocrisia com o perdão.
Fala-me sobre os meandros da ignorância, para que eu busque os atalhos mais longos, e saiba dar a mão.
Deixa-me usufruir cada centímetro da minha caminhada, para que eu entenda o alcance da tua sabedoria.
Dá-me uma companheira, para que eu aprenda a sorrir. Deixa-me experimentar as forças da natureza ao lado de uma mulher. Ensina-nos a voar de mãos dadas. Deixa-me colher o doce sabor de vê-la florescer.
Dá-me filhos, para que eu entenda teu sacrifício, tua dimensão do amor, e o sentido do trabalho e da felicidade.
Dá-me amigos, onde eu possa ancorar minhas alegrias. E inimigos, que me ressaltem as incapacidades, e me ajudem nos caminhos mais árduos.
Ensina-me o segredo de destilar o ódio, e dele filtrar o amor.






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