Usina de Letras
Usina de Letras
63 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62244 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10450)

Cronicas (22538)

Discursos (3239)

Ensaios - (10372)

Erótico (13571)

Frases (50641)

Humor (20033)

Infantil (5441)

Infanto Juvenil (4770)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140812)

Redação (3308)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6199)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->JOÂO ROCHEDO E SUAS GALINHAS -- 17/02/2006 - 13:16 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
JOÃO ROCHEDO E SUAS GALINHAS


Fernando Zocca


" Água mole em pedra dura, tanto bate até que... alaga tudo"

1

A morte das 137 galinhas do seu João Rochedo chamou a atenção do mundo, mais uma vez, sobre Tupinambicas das Linhas. A gripe aviária derrubou penosas nas mais diversas regiões do planeta, mas ninguém jamais poderia imaginar que essa calamidade ocorresse também na infausta urbe.
Quando as pessoas souberam que ali na granja do seu João houve um problema de ordem mundial, passaram a comentar o caso. E como um assunto puxa outro, algumas moradoras lembraram fatos antigos acontecidos com o dono das bípedes.
Dona Mari Bondo, uma das mais respeitáveis cidadãs do bairro, certa ocasião, numa reunião informal das comadres, quando compravam leite e pão, para o café da manhã, na mercearia do seu André N.A. Lina, lembrou que a granja foi considerada, nos tempos de antanho, uma das maiores empresas do Estado de S. Tupinambos, tendo sido formada por mais ou menos 442 funcionários.
Dona Mari ressaltou às amigas que o João Rochedo, num certo dia de primavera, ao olhar lá de cima, da sua janela, o casario da redondeza, viu uma jovem muito bonita banhando-se.
A moradora disse que seu João-pançudo apaixonou-se por ela e logo mandou seu gerente de operações, do setor das plumas, investigar para saber quem era ela.
O moço, no dia seguinte, veio com a informação de que aquela jovem era, na verdade, casada com um dos funcionários da granja.
Diziam, as beiçudas desocupadas, que o seu João-pançudo Rochedo teria se apaixonado pela pele alva e os cabelos louros da dengosa. Na ocasião, ele teria descido imediatamente donde estava e conversado com ela. As comadres garantiram que ele a seduziu com propostas íntimas e a promessa de lhe dar um carro novo.
João Rochedo, não perdeu tempo e durante o expediente duma sexta-feira, mandou chamar o funcionário, marido da seduzida.
Quando ele se apresentou, João-pançudo disse que ele deveria se preparar, pois teria uma missão bastante importante de interesse da empresa. Logo em seguida, o presidente mandou-o embora.
Mas Bertinho ao invés de obedecer ao patrão, resolveu dormir na guarita da empresa, junto com o vigia.
João Rochedo foi até a casa de Bertinho, procurando a mulher dele, e com ela, fez amor carnal. A esposa do funcionário teria engravidado.
João Rochedo, com muito medo, deu à mulher um carro novo, conforme havia prometido. O comentário das comadres dizia que o carro era roubado; mas não havia certeza sobre esse fato. Ela porém deveria dizer pra todo mundo que o ganhou na loteria.

2

Naquele tempo em que Jarbas, o caquético testudo era prefeito da cidade, imperava uma certa violência entre os traficantes. Eles lutavam entre si e também pelejavam contra a polícia citadina.
João-pançudo Rochedo, mandou então que seu gerente, do setor das plumas, dissesse ao prefeito que disponibilizaria alguns homens da granja para reforçar o contingente da milicia municipal.
Tendo Jarbas aceitado a oferta do João, mandou este que o gerente do setor das plumas, escrevesse uma carta na qual pedia ao comandante da milicia tupinambiquence, que colocasse o Bertinho nas posições mais perigosas, durante os combates com os meliantes.
A carta foi escrita e o gerente do setor das plumas pediu ao próprio Bertinho que a levasse ao comandante em chefe das milicias municipais.
Bertinho foi incorporado ao batalhão que deu combate ao tráfico numa sexta-feira à noite. Atingido mortalmente o infeliz morreu sem saber que a mulher havia ganhado um carro novo do granjeiro João Rochedo.
Ao nascer, o filho do João com a ex-mulher do Bertinho, ficou muito doente.
O granjeiro adoeceu também e passou a praticar atos de loucura. Num deles escreveu uma carta insultando o Jarbas, o prefeito caquético da cidade.
João Rochedo negligenciou de tal maneira os negócios da granja que as dívidas da empresa, junto ao INSS, aumentaram de forma jamais vista. Ninguém devia tanto ao instituto como a granja do João Rochedo.
Enlouquecido João mandava incendiar as repartições onde tramitavam cobranças contra ele e sua empresa. Mas tais fatos não impediram a deterioração dos seus negócios. A decadência avassalava.
O golpe final do destino foi a gripe aviária que matou as 137 derradeiras galinhas caipiras da sua combalida granja.
Sabe-se que por estar muito triste e deprimido, João chamou a atenção da sua irmã, a gorducha doutora Ângela P.A. Monha, que se deu ao trabalho de sair do conforto do seu apartamento na região central da cidade e visitar o irmão.
Sabe-se também que Ângela P.A. Monha teria internado o João-pançudo na clínica psiquiátrica do professor Brady Cardia.


Em breve:

“JOÂO: VOCÊ É MUITO BURRO!”

Em construção o site www.jaranjanews.jor.br

Acesse o blog Vale a pena ler de novo no site
www.terra.com.br



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui