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Cordel-->O ANALFABETO POLÍTICO -- 21/12/2015 - 18:05 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



O ANALFABETO POLÍTICO

Talvez seja muito complicado
Classificar o nível do votante
Se a sua escolha no candidato
Se dispuser de bom montante
Que este até possa lhe oferecer
Ou o de recurso insignificante.

Aí que começa nossa confusão
Para entender como ser eleitor
Seus objetivos quanto votante
Se beneficiário ou um benfeitor
Ou um bem supremo de vilania
Já que disputado com destemor.

Como disse uma política eleita
Que pelo voto quase tudo vale
Vale até uma alma de segunda
O certo é que voto se equivale
Como vender um bem público
Como uma Petrobrás ou Vale.

Nessas rimas como essas letras
Só não vale Letras do Tesouro
Perder o seu valor de mercado
Com o chefe sem dar no couro
Trocar quinquilharias chinesas
Pelas valiosas reservas de ouro.

Mas o nosso analfabeto político
É como o analfabeto funcional
E tem proliferado enormemente
Por todo um território nacional
Cuja cidade se chama Brasília
E é a sua deslumbrante capital.

E na famosa Pátria Educadora
Mentes de alunos são cunhadas
Pelas trocas das bolsas famílias
Que não precisa ser confirmada
Que a aprendizagem ali exigida
É só uma presença e mais nada.

Celeiro do analfabeto funcional
Que não sabe do que sempre ler
Que aprende as letras e palavras
Mas o que elas pretendem dizer
E ideias contidas no palavreado
São difíceis para se compreender.

Outros são entulhados de estudo
De muitas ciências são formados
São poliglotas e até mesmo sábios
Mas entender mal intencionados
Como os políticos mais corruptos
São os ingênuos e compactuados.

E esses são os piores analfabetos
Por influenciarem numa votação
Muitas vezes com dom de falar
Mesmo sem entender a intenção
São vitais para os mais votados
Políticos ladinos ganhar eleição.

São muitos os níveis de eleitores
Como históricos encabrestados
Onde quase sempre os interesses
São medíocres como os votados
Que formam a perfeita simbiose
Dando estes a eles uns trocados.

Também temos aqueles eternos
Trocadores de voto por comida
E até os jogadores das periferias
Trocando por jogos de camisas
Dado pelo candidato a vereador
Que ás vezes joga uma partida.

Temos as eleitoras pela estética
Que votam nos bem afeiçoados
Com suas cascas bem moldadas
Em laboratórios ora aparelhado
Para nos truques de ilusionismo
Disfarçar os maus intencionados.

Outros históricos são compadres
De capitães mais apadrinhadores
Que formam verdadeiros currais
Dos afilhados e futuros eleitores
Capazes de usar de uma violência
Temida até pelos seus opositores.

Um analfabeto político é a trolha
Que no país desvirgina honradez
Impossibilita o desenvolvimento
Faz do povo desta terra o freguês
Onde saúde pública e a educação
Cansam de esperar pela sua vez.

Ao trocar de tudo pelo seu voto
Trocam até decência e vergonha
Para depois assistir as tragédias
Com cara boba de um pamonha
Lamentar tardiamente pelo voto
Ter ido pra políticos de peçonha.

Com o tempo um circulo vicioso
Instalou-se de vez em nossa terra
Da nefasta política toma lá da cá
Que ao país rói e não se encerra
Ao levar para as condições cruéis
Que a economia logo se emperra.

O outro analfabeto é aquele leal
Que vota por ser apenas o amigo
Ou amigo de outro companheiro
Como a tal da ligação de umbigo
Que votar pela ligação parental
É a forma pra ficar bem consigo.

A troca por tijolo ou lata d´água
Bolsa família ou vale transporte
Caminhão de terra e calçamento
Pode ser para ele motivo de sorte
Mas desviando dinheiro da saúde
Certamente o que traz é a morte.

Para estes agrados e até compras
Não são dos bolsos que eles tiram
Mas de verbas para atendimento
A todos que dependem e precisam
Do serviço público comprometido
Com a honestidade que solicitam.

O analfabeto político é o besteirão
Que só cosegue dar tiro no seu pé
Quando usa o seu direito de votar
Sem responsabilidade ou ato de fé
Para dar o poder de gerir sua vida
Políticos com a mente cheia de mé.

E que dizem ser pátria educadora
A nação repleta de analfabetismo
Administrada por fariseus eleitos
E nas gestações desses populismos
Que caracterizou em um passado
A Latino-américa de outros ismos

A perplexidade dos dias de agora
É a dos compradores das eleições
Através dos votos pré-adquiridos
Às vezes por públicas instituições
Deixando as suas máscaras caírem
Mostrarem verdadeiras intenções.

Na hora que aproxima a tragédia
O caos se instala nos mandatários
Não havendo culpados nos eleitos
Por serem da razão os signatários
Pois que foram eles os designados
Por analfabetos políticos e otários.


F I M


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